“Um miúdo normal a contar histórias normais”

 

Texto: Hugo Rocha Pereira | Fotografia: DR

 

Henrique Maria Magalhães Gama Ribeiro Claudino, de 18 anos, foi educado sob a mão indulgente mas rígida da Ericeira, tendo como principais interesses pessoais o surf, o Sport Lisboa e Benfica e raparigas. Ao longo do Verão, uma parte da Ericeira foi acompanhando as suas crónicas “Dias que Passam” (sobre os exames do 12º ano e os tempos que antecederam a entrada no Ensino Superior) no site do Público e, por esta altura, Henrique Claudino é caloiro do curso de Jornalismo na Escola Superior de Comunicação Social. Hoje publicamos uma entrevista que o dá a conhecer melhor, aproveitando a oportunidade para anunciar que a AZUL vai acolher a sua nova série de crónicas, a estrear no próximo fim-de-semana. Muito bem-vindo, Henrique!!

 

Como surgiu a oportunidade de escreveres as crónicas “Dias que Passam” para o Público?

A minha Directora do secundário fez-me essa proposta e aceitei. Na altura era suposto serem apenas duas ou três crónicas sobre a preparação e realização dos exames de 12º ano, mas pelos vistos gostaram do que eu escrevia e pediram-me se podia continuar durante o Verão, descrevendo o Verão e toda a ansiedade que lasca o vidro antes da chegada dos resultados das candidaturas.

Li muito e a escrita surgiu pouco depois. Tornou-se um vício.

Desde quando percebeste que gostas de escrever? Antes destas crónicas já costumavas fazê-lo com alguma regularidade?

Quando era puto gostava muito de criar histórias com os meu bonecos de playmobil, era capaz de passar horas e horas a imaginar batalhas ferozes e turbulentas. A minha avó Bé (ericeirense de raiz), que aturava muito destes meus devaneios, era apaixonada por literatura e passou-me esse gosto. Li muito e a escrita surgiu pouco depois. Tornou-se um vício.

 

Como foi a experiência de partilhar os tempos que antecederam a tua entrada no ensino superior?

Foi como se tivesse 4 anos, vestisse a farda da TAP do meu avô e me pusesse a debitar histórias em frente ao espelho. Muito entusiasmo, mas não conseguia deixar de pensar que era só um miúdo normal a contar histórias normais.

 

Qual foi o feedback que recebeste dessas crónicas?

A secção de comentários do Público consegue ser tanto um gato manso como um leão impiedoso (normalmente o último). Mas o feedback geral acho que foi bom, o que me motivou a escrever mais e mais.

Gosto muito de viajar e de me aventurar ao sabor de culturas e olhares selvagens e distantes

Quais são as tuas expectativas para o curso de Jornalismo?

Trabalho árduo, muito prático e técnico

 

Como têm sido os primeiros tempos como caloiro? Já notas grandes diferenças entre o secundário e o ensino superior?

Já, claramente. Especialmente num curso tão imerso no mundo jornalístico como este. Aqui, todas as pessoas têm um objetivo e dão tudo por tudo para o atingir.

 

Qual é a tua intençāo, em termos de futuro profissional, ao ires para o curso de Jornalismo?

Gosto muito de viajar e de me aventurar ao sabor de culturas e olhares selvagens e distantes e, embora seja uma possibilidade remota, gostava que o jornalismo me trouxesse isso mesmo.