Portugal celebra Dia Mundial do Turismo em crescendo

Dia Mundial Turismo - ph. DR

 

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Hoje assinala-se o Dia Mundial do Turismo, que este ano tem por lema “Turismo e Desenvolvimento Comunitário”, colocando o foco na capacidade do turismo para fortalecer as populações e disponibilizar ferramentas para introduzir mudanças positivas nas comunidades. E Portugal tem, este ano, motivos para sorrir com os valores alcançados para os cofres da economia pelo menos até Julho. Nos primeiros sete meses do ano, e face ao mesmo período de 2013, registou-se um aumento de 10,25% nas receitas do sector, traduzindo-se em mais de 5,3 mil milhões de euros directamente para a economia portuguesa.

Os dados do Boletim Estatístico do Banco de Portugal, divulgados a semana passada, revelam que a balança turística do primeiro semestre fixou-se no 3430 milhões de euros, o que em termos percentuais representa um aumento de 12,92% em relação aos primeiros seis meses do ano passado.

Só no mês de Julho, o Banco de Portugal registou um aumento de 9,76% dos gastos dos estrangeiros em Portugal, superando os 126 milhões de euros. Nesse mesmo período, o saldo da balança turística registou um crescimento de 11,14%, contabilizando 980 milhões de euros.

Com estes resultados, os sectores portugueses do turismo e viagens assumiram até Julho uma representação de 45% nas exportações de serviços, uma subida de dois pontos percentuais face aos primeiros sete meses de 2013. Num total de 11,905 mil milhões de euros provenientes da exportação de serviços nacionais, 5351 milhões são relativos ao turismo.

Os números agora divulgados atestam o bom desempenho de Portugal no sector turístico num ano em que o Governo aposta forte na estratégia de divulgação internacional de Portugal, principalmente por via do marketing digital e conteúdos multimédia.

Contudo, e apesar dos resultados globais positivos, há sectores ligados ao turismo que apontam para a insustentabilidade de algumas actividades. Em finais de Agosto a Associação de Hotelaria de Portugal alertou para o facto do crescimento de 12% nas dormidas em hotéis registado no primeiro semestre não se traduzir necessariamente num aumento proporcional das receitas para os operadores.