Pão de Mafra

 

Fotografia: DR

 

Na sequência da última edição do Festival do Pão, que decorreu de 8 a 17 de Julho no Jardim do Cerco, em Mafra, apresentamos um artigo powered by Good Choice sobre este ícone incontornável do Concelho, conhecido e consumido por milhares de pessoas em todo o país. No final da peça tem ainda à sua espera uma receita tão prática quanto irresistível.

 

Um pouco de História

O pão nasceu há cerca de 6000 anos, juntamente com o cultivo do trigo na região da Mesopotâmia, actualmente zona do Iraque. No entanto, o Antigo Egipto (2500 A.C.) foi o país onde teve lugar a maior evolução na produção de pão, pois aqui foi descoberta a fermentação, um processo importante no respectivo fabrico.

Os Gregos (450 A.C.), aprendendo com os egípcios, melhoraram a produção da farinha e aperfeiçoaram a produção de pão amassado à mão por mulheres. Sendo assim, ao longo dos séculos, o pão tornou-se um alimento indispensável para grande parte dos povos e, no Século XVIII, os primeiros nutricionistas provaram que o pão é muito importante na dieta alimentar.

 

Características do produto regional

O fabrico do pão de Mafra, inicialmente conhecido como pão saloio, iniciou-se na freguesia da Encarnação em 1960, recorrendo a uma receita da avó de Justino Alexandre Sardinha, produtor do famoso pão. As principais diferenças do pão tradicional notam-se no seu sabor e na sua textura. O pão de Mafra caracteriza-se por ser mais adocicado, devido ao menor tempo de fermentação, e por conter uma elevada percentagem de água. E o segredo está no método de produção. Para garantir estas características, o verdadeiro pão de Mafra deve ter cerca de 70% da farinha moída por mós de pedra, apenas 2% de fermento e deve ser cozido em fornos de alvenaria de aquecimento directo. Os únicos combustíveis permitidos são a lenha e o gás.

O pão de Mafra é um pão de mistura, pois é composto por farinha de trigo e farinha de centeio, água, levedura e sal, não incluindo quaisquer aditivos alimentares na sua composição. No mercado existem 3 variedades deste pão: redondo, para quem prefere mais miolo, comprido e bolinhas.

É de referir que, desde 2011, o nome e a marca “Pão de Mafra®” é uma marca registada e que se encontra num processo de certificação como produto de denominação de origem protegida.

 

Composição Nutricional

Valores retirados da informação disponibilizada pela empresa produtora.

Valores retirados da informação disponibilizada pela empresa produtora.

 

Como de costume, partilhamos uma receita saborosa e, claro, saudável de patê de atum para acompanhar o seu pão de Mafra.

Patê de atum

Ingredientes:
2 latas de atum ao natural (≈ 170 g peso líquido escorrido)
1 cebola média branca (≈ 100 g)
5 c. sopa de queijo quark 0%
Sal fino e pimenta q.b.
Salsa q.b.

Preparação

Escorra o atum, coloque numa taça e desfaça os pedaços grandes.
Descasque a cebola, pique finamente a cebola e a salsa. Acrescente ao atum e envolva bem.
Adicione o queijo quark 0%, tempere com sal fino e pimenta. Misture tudo muito bem até obter uma pasta homogénea.
Sirva com as fatias de pão de Mafra, tostas integrais ou legumes: cenoura, aipo, pepino, pimento, etc..

Um saboroso e saudável paté de atum - ph. DR

Um saboroso e saudável patê de atum – ph. DR