Fotografia: Pedro Ribeiro Simões
Acessibilidade e inclusão são palavras-chave. É com base nestes princípios que a Direcção-Geral do Património Cultural (DGPC) anunciou uma iniciativa que visa tornar alguns dos mais importantes monumentos portugueses acessíveis a todos.
A partir de agora os visitantes do Convento de Cristo, Mosteiro de Alcobaça, Mosteiro da Batalha, Palácio Nacional de Mafra, monumentos classificados como Património Mundial, e ainda do Museu Nacional Machado de Castro, em Coimbra, terão à sua disposição maquetes volumétricas dos edifícios e réplicas de pormenores construtivos e decorativos. Essas maquetes e réplicas poderão ser tocadas, permitindo uma melhor apreensão e compreensão do património histórico.
atender às necessidades das pessoas com deficiência visual
A DGPC destaca que essas maquetes e reproduções foram produzidas com o objectivo de facilitar a interpretação durante os percursos expositivos, tornando o património mundial acessível a todos. Entre os elementos construtivos e decorativos reproduzidos estão a famosa janela Manuelina do Convento de Cristo e os túmulos do Mosteiro de Alcobaça.
Este projecto foi idealizado para proporcionar aos visitantes uma melhor compreensão dos espaços e, ao mesmo tempo, atender às necessidades das pessoas com deficiência visual, sejam elas cegas ou com baixa visão. Além das maquetes, as mesas que as suportam foram projectadas para permitir a aproximação frontal e lateral de pessoas em cadeiras de rodas, bem como o alcance por parte de crianças e pessoas com baixa estatura.
Com o intuito de proporcionar uma experiência mais completa, foram elaborados textos sobre as peças tácteis, com tradução em inglês e braille. Além disso, vídeos com interpretação em Língua Gestual Portuguesa, legendagem e áudio estarão disponíveis através de códigos QR aplicados nas mesas.
a DGPC pretende alargar o projeto a todos os museus, monumentos e palácios
Este projecto abrangente também inclui uma componente de sinalética direccional visual de alto contraste para orientar os visitantes nos percursos acessíveis em cada um dos edifícios mencionados. Essa sinalética encontra-se em desenvolvimento e tem como fim facilitar a orientação e o usufruto dos espaços por parte de todos os visitantes.
De acordo com a DGPC, o projecto faz parte de uma iniciativa mais ampla de “Comunicação Acessível e Inclusiva”, apoiada pelo Turismo de Portugal, através de uma candidatura ao “Programa Valorizar”. Este programa é uma linha de apoio ao Turismo acessível – All for All (Todos por Todos) e conta com um investimento de cerca de 159.000 euros.
A DGPC pretende alargar o projecto a todos os museus, monumentos e palácios que lhe estão afectos. A intenção é proporcionar a todos os visitantes uma experiência enriquecedora e inclusiva, de forma a promover o acesso ao património cultural e histórico de forma igualitária.
Esta publicação também está disponível em | This article is also available in: Inglês