Fotografia: Carlos Braz
Após uma primeira apresentação em Mafra, no passado mês de Dezembro, o espectáculo Pluriverso chega hoje à noite a Lisboa. Resultado duma parceria entre a APERCIM – Associação Para a Educação de Crianças Inadaptadas de Mafra –, o Projecto Bug e a Concha Dança Energia, esta criação artística pretende promover a integração de pessoas com necessidades especiais (que intervêm como bailarinos) através da fusão da música com a dança. Conversámos com Patrícia Roque, assistente social da APERCIM e principal mentora deste projecto, a propósito da actuação que começa às 21 horas, no Auditório da Biblioteca Orlando Ribeiro, em Telheiras.
De onde vem o nome Pluriverso?
Surgiu numa reunião de equipa onde procurávamos um nome que identificasse o propósito do trabalho que estávamos a iniciar. PluriVerso é o equilíbrio de polaridades (masculino/feminino; céu/terra; elementos da natureza…), é a união de diferenças que nos identifica; PluriVerso de ideias, vidas, oportunidades, opiniões. Somos nós, o todo, quando nos incluímos, quando nos permitimos superar os limites, capacidades e descobrimos novas pedras preciosas guardadas no mais íntimo de cada um de nós.
Como surgiu este projecto e em que consiste?
Este projecto começou com a apresentação, por parte da APERCIM, de uma candidatura para a criação de um espetáculo ao programa de financiamento do Instituto Nacional para a Reabilitação. Este espectáculo constrói-se pelo diálogo entre o movimento, a dança, a música e a cura quântica, oferecendo um convite a mergulhar no pluriverso que se manifesta através da arte e da integração de pessoas com necessidades especiais, onde nos incluímos todos nós.
PluriVerso é o equilíbrio de polaridades, a união de diferenças que nos identifica.
Este projecto resulta da parceria entre três entidades…
Como na Festa da Família da APERCIM, em Maio de 2013, contámos com a preciosa colaboração da Concha Dança Energia e do Projecto Bug (fervorosos voluntários com um longo e rico trabalho na APERCIM), decidimos convidá-los. Aqui começa a história do Pluriverso, que surgiu a partir de cinco inventores – eu, a Estela, o Gualter, a Ana e a Joana –, pela vontade de fazer diferente e pela energia positiva que juntos sentimos quando decidimos avançar com este novo desafio. Começámos a materializá-lo, a unir ideias, procurar auditórios para o apresentar, decidir alinhamentos, músicas, actores e bailarinos. Em reuniões semanais definimos o conceito do projecto, procurando unir polaridades. Até que, um dia, surge o bendito alinhamento com que todos concordamos… a partir daí ensaiámos, coreografámos, e construímos adereços.
Como correu o espectáculo que deram no Auditório Beatriz Costa, em Mafra, e quais são as expectativas para a noite de hoje?
Todos ficámos maravilhados com o resultado final da actuação em Mafra. Do público, as reacções foram as melhores, de confiança e motivação para seguir em frente. Hoje pretendemos levar a energia do Pluriverso até à cidade de Lisboa, dá-la a conhecer a um maior número de pessoas.