Fotografia: Grisha De Ruyver
O sector do turismo português deverá ultrapassar os números recorde registados no ano passado com a previsão de “um crescimento na ordem dos 3,5% a 4,5%, em linha com as previsões de crescimento internacional apontadas pela Organização Mundial do Turismo”. A previsão foi feita por António Jorge Costa, presidente do IPDT – Instituto do Turismo -, após a divulgação do Barómetro Academia do Turismo, no final da última semana.
Ao Diário Económico, o responsável sublinhou que a maioria dos 169 inquiridos pelo painel do Barómetro “acredita que 2014 será um ano mais positivo para o turismo nacional”. “Os principais indicadores da hotelaria, designadamente número de turistas, de dormidas e de receitas turísticas, deverão apresentar uma evolução positiva face a 2013.”
Segundo o barómetro, a que o Diário Económico teve acesso, cerca de 70% dos inquiridos diz que as receitas turísticas são melhores, enquanto 57,4% acredita que o gasto médio por turista terá uma evolução positiva.
“A retoma económica dos nossos principais mercados emissores de turistas, assim como a boa relação qualidade/preço que o nosso destino oferece, vão contribuir em larga medida para o crescimento que se espera para este ano”, justificou o presidente do IPDT
António Jorge Costa reforçou a necessidade de “continuar a investir na procura por turistas vindos de mercados emergentes como a China, Rússia, Brasil ou Índia, esperando-se o crescimento destes mercados emissores em 2014”. Contudo, os visitantes provenientes da Alemanha, Reino Unido e França estão a retomar a procura por Portugal, continuando a ser a principal fatia de turistas estrangeiros no país.
O presidente do IPDT refere o mar e o sol como os principais factores para atrair tantos turistas a Portugal, o que acaba por atrair mais visitantes em épocas sazonais. António Jorge Costa defende, assim, a criação de estratégias de atracção de turistas para o ano inteiro.
Apesar das previsões positivas, o responsável alertou para os riscos inerentes aos “aumentos de impostos previstos para este ano que podem trazer muitos problemas ao sector e redução de competitividade”. “O aumento da taxa de IVA para 23,25% poderá afectar esse crescimento”, sublinhou.
Contudo, o barómetro aponta para um índice de confiança entre os empresários turísticos na ordem dos 74 pontos, quando em 2013 se fixava nos 61,1.