«Ser Ericeira…»

 

Texto e Fotografia: Sónia Nunes

 

Ser Ericeira…

é ser-se Rebelde de Alma.

É este querer e não querer.

É este desejo desenfreado de ir ao fundo das coisas,
mas contentar-se com a ausência de respostas.

É entender que elas… já estão lá.

Na perfeição que nos rodeia.

No som magnânimo do Mar…

Na Natureza agreste e resistente da paisagem.

Nas escarpas destemidas.

No ar impregnado de maresia.

Na dança perfeita do Pôr-de-Sol.

E depois… depois…

A humanidade…

… que está numa vila… toda ela
feita de encantos e delicadezas.

De histórias e aventuras.

De dores e alegrias.

Aqui se tocam extremos da sensibilidade humana.

Na Ericeira somos mais humanos.

Mais gente…

Porque insignificantes nos entendemos…
mas Divinos nos descobrimos.

E assim nos embala este abraço caloroso que é a Ericeira,
… que se estende ao horizonte e por lá se perde.