Fotografia: André Carvalho Samsung
Já se encontra aberta, desde 30 de Janeiro (e com duração até 10 de Março), a consulta pública para a formulação de sugestões e recolha de contributos para a criação de uma proposta preliminar para instalar fontes de energias renováveis de origem ou localização oceânicas.
Pode ler-se no documento que abre a consulta pública a seguinte citação: “Pelas características do mar português, que atinge elevadas profundidades a poucas milhas da costa, associadas às áreas geográficas onde os recursos vento e ondulação são mais favoráveis, foi georreferenciado um conjunto de áreas onde a energia eólica será fonte de geração da energia eléctrica, proveniente de electrogeradores montados sob estruturas flutuantes e ancoradas no fundo do mar ou em estruturas fixas no fundo do mar onde tal seja possível, complementado por electrogeradores actuados pela energia das ondas.”
na Ericeira, o projecto poderá abranger uma área de 256,84 km² e uma potência passível de ser instalada de 0,8 GW
Na Ericeira, o projecto está previsto abranger uma área de 256,84 km² e uma potência passível de ser instalada de 0,8 GW, sendo que as suas características mais relevantes são a distância mínima e máxima para a instalação das torres eólicas que equivale a 5,65 e 12,35 milhas náuticas, um declive de <2º, uma velocidade horizontal do vento, h 100 metros, entre 7,51 e os 8 m/s, um fluxo de potência incidente do vento entre os 450 e os 500 W/m² e um número de horas equivalente à potência nominal (NEPS) em sistema flutuante entre os 3800 e os 4000 h/ano.
Todas as áreas mencionadas na proposta garantem as “dimensões adequadas para projectos comerciais de energia renovável no EMN” e estão situadas nas costas de Viana do Castelo (ampliando a área já existente), Leixões, Figueira da Foz, Ericeira e Sintra-Cascais e Sines, que em conjunto terão a capacidade de produzir uma potência de 10 gigawatts, no prazo.
Esta energia será distribuída pelas diversas áreas dos dois modos: a densidade de capacidade entre os 3 MW/km² e os 4 MW/km², 19 nas áreas com um profundidade entre cerca de 75 metros e cerca de 200 metros e a densidade de capacidade de 5,5 MW/km² 20, nas áreas com uma profundidade máxima de 50 metros.
As áreas mencionadas acima situam-se em “zonas onde as estimativas do recurso energético da onda são muito variáveis”, com especial atenção à área de Leixões e à zona norte das áreas da Figueira da Foz e da Ericeira, que mostram valores mais elevados variando entre os 30,1 e 35 kW/m.
Será o Governo a definir quais as áreas que avançarão definitivamente para leilão que, segundo o primeiro-ministro, será lançado até ao final deste ano.
Esta publicação também está disponível em | This article is also available in: Inglês