Ocean Hope: Joana Igreja

 

Fotografia: DR

 

Desde o início do movimento Ocean Hope, que a AZUL tem acompanhado as iniciativas deste projecto ambiental de vanguarda com origem na Ericeira que já retirou mais de dez toneladas de lixo das nossas praias. Para darmos a conhecer os rostos que dão vida à esperança dos oceanos, em Março começámos a apresentar a respectiva equipa. Joana Igreja (membro da Administração) é o terceiro elemento que protagoniza esta rubrica.

 

«Sou a Joana Igreja, mas maior parte dos meus amigos trata-me por Ji. É engraçado porque esta alcunha tem um grande história: Ji, a sereia, era como eu conquistava as crianças nas limpezas de praia, quando em tempos tive o cabelo de várias cores e as crianças pensavam que eu era mágica: de dia vivia como uma humana e à noite a minha cauda crescia e vivia como um sereia. Era a melhor forma que eu tinha para explicar como o oceano e a nossa casa, mais conhecida como Planeta Terra, precisavam da nossa ajuda. Elas escutavam com atenção o que eu tinha para fazer: podem não acreditar, mas todas elas (as crianças) faziam e davam o seu melhor.

temos todos a mesma missão: fazer deste mundo um lugar melhor

Tenho 22 anos e sou o membro mais velho do grupo. Sinto que faço parte de uma família e tenho vários irmãos. Somos todos diferentes, pensamos de formas diferentes e agimos de maneiras incomparáveis mas temos todos a mesma missão: fazer deste mundo um lugar melhor e tentar garantir que as futuras gerações possam conhecer o mundo como nós conhecemos, como eu conheço e tenho tanta alegria de chamar de casa.

Desde pequena que tenho uma grande ligação com o mar, aliás, é o único lugar onde consigo ser genuinamente feliz e arrancar o melhor sorriso que tenho para dar! Vivo de sonhos e vivo para vários sonhos. Pode ser poético, mas é a alavanca e a força da minha vida! É o que me faz acordar todos os dias da cama e pensar que há muito para fazer.

A Ocean Hope apareceu na minha vida no momento que mais precisei. Foi o meu retiro, o meu foco, a minha libertação e o começo da minha persistência com um toque de dedicação.

Cresço interiormente com este projeto e sei que ainda tenho – e temos – muito para fazer… afinal de contas ainda há um mundo para salvar! E do que depender de mim, diretamente ou indiretamente, eu vou estar lá de braços abertos. Eu sou a esperança e todo juntos movemos correntes e mudamos marés!»

 

Texto publicado originalmente a 22 de Janeiro de 2020 no Facebook da Ocean Hope.