Criadores da Vila Azul – Maria Campos

 

Fotografia: DR

 

Maria Isabel da Silva Campos, também conhecida apenas por Maria Campos

Nascida a 17 de Março de 1993, em Lisboa, só porque a Ericeira não tem maternidade 😋

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Música (baterista) e sonoplasta

a arte e a natureza ensinam-nos como funciona a mecânica da vida

 

A música é a capacidade de nos transportarmos para um lugar ou momento, e isso para mim é o que tem de mais incrível.

 

Quais são as tuas principais influências e/ou inspirações?

Sentimentalmente, estou muito ligada ao cante Alentejano, pela sinceridade das letras e, novamente, pela ligação à terra (natureza). Facilmente choro com este tipo de música. Mas, obviamente, inspiram-me pessoas que fazem música sincera e que não têm como objetivo vender, mas sim criar sensações.

Há personagens no mundo da música que me fizeram apaixonar mais pelo meu instrumento, e não necessariamente bateristas. Lembro-me em adolescente de ouvir pela primeira vez uma pianista, Hiromi Uehara, o albúm “Time Control”, e ficar fascinada! Também em miúda, numa viagem de autocarro, tropecei numa música dos Screaming Headless Torsos que se chama “Word to Herb” e pensar “tocar bem bateria deve ser fixe” [risos]. Mas vale o que vale, não sei se são influências ou inspirações, mas são marcos na vida que nos despertam alguma coisa, sejam eles bons ou maus.

só aos 19 anos decidi dedicar-me um pouco mais à bateria

Destaques do teu percurso artístico/criativo

A Filarmónica da Ericeira, por ser onde cresci, onde aprendi e onde passei a maior parte do meu tempo a tocar. Continuo muito ligada emocionalmente e sobretudo grata.

As 7 saias, primeiro projecto como baterista, onde aprendi a pisar palcos grandes e outros conceitos musicais. Foram 9 anos muito intensos, onde aprendi principalmente a lidar com pessoas e a gerir emoções.

Xodó, banda que funciona tanto em duo como em quarteto. É um projecto que criei juntamente com o Miguel Nogueira há quatro anos e que nos tem dado muito trabalho e, acima de tudo, muito retorno positivo de quem nos ouve.

Commedia a La Carte – Kids! Um grande desafio!

 

Em que projecto(s) estás a trabalhar agora?

Commedia a la Carte – Kids. Este é um projecto que me deixa de alguma forma com um sentido de responsabilidade gigante! Fui convidada pelo Jaume Pradas (baterista dos Commedia à lá Carte), que admiro há muitos anos! O César Mourão decidiu este ano criar esta versão para crianças, então seremos seis mulheres em palco, três actrizes e três músicas. Estou feliz e ansiosa. 🙏

 

Objectivos a médio e longo prazo

O meu objectivo principal é continuar a crescer como música, como amante da Natureza e conseguir criar algo que misture estas duas áreas. Ideias não faltam!

 

Dedicas-te a estas áreas desde quando?

Comecei com 9 anos na Banda Filarmónica Cultural da Ericeira como percussionista (contra a minha vontade, pois gostava muito de saxofone) e só mais tarde, aos 19 anos, decidi dedicar-me um pouco mais à bateria.

Licenciei-me em Som e Imagem na faculdade das Caldas da Rainha, daí estar ligada à área da Sonoplastia e Design De Som.

 

Estas áreas criativas são a tua profissão?

Atualmente não vivo da música, ou não dependo dela. Profissionalmente, estou ligada à área da restauração num negócio familiar, mas paralelamente tenho sempre a música, sendo que às vezes se torna difícil conciliar.

É a forma de trabalhar os medos e a coragem.

A arte e a natureza ensinam-nos como funciona a mecânica da vida. Como conviver em sociedade, como seguir os ciclos da vida, como os sentimentos são essenciais, misteriosos e maravilhosos.