Texto: João Franco ‘Lapina’ | Fotografia: Sérgio Oliveira
Canto minha terra, minha gente!
A um poente e a esse meu mar!
Este meu cantar não é inocente
Estou ciente deste meu gostar
E amo o todo desse meu chão
São Sebastião e o airoso Norte!
A ventania forte, o viver de então
O armão com o seu altivo porte!
Eu louvo a fontainha e o Algodio
E seu casario a cair para o mar
O trinar das andorinhas no estio
Esse brio duma vaga a espraiar!
Versejo o que vejo no meu ninho
E este meu carinho não tem fim!
Nasceu de mim desde miudinho
E sublinho que avançarei assim
Canto aqui longe ou ao teu lado
Sempre amainado e de viva voz
Eu sou um lídimo jagoz babado!
Desde o poço cerrado até à foz!