Texto: João Franco Lapina | Fotografia: DR
E sonhei-te a vida inteira
Minha ericina de outrora!
Tive-te à minha maneira
E amei-te a toda a hora!
Bebi dessa tua maresia!
Que me deste ao nascer
De ti tenho a melancolia
E esta vontade de viver!
Levei-te sempre comigo
Para arredados lugares!
Foste a âncora e abrigo
Altar dos meus rogares
Em ti eu fui crescendo!
E para o mundo me dei!
Emigrado me fazendo!
Mas nunca t’abandonei
Eu sou mão-cheia de ti!
Querer-te é minha sina
E desde o dia em que te vi
És minha terna ericina