A Ericeira pelos Olhos de: Rui Miguel Abreu

Rui Miguel Abreu. - ph. Ricardo Miguel Vieira

 

Fotografia: Ricardo Miguel Vieira

 

Bilhete de Identidade

Rui Miguel Abreu aka ‘RMA’

Nascido a 18 de Maio de 1969 (51 anos) em Coimbra

Jornalista e radialista

A Ericeira é o sítio que nos deu o Mar que sempre procurámos ter no nosso horizonte

Rui Miguel Abreu. - ph. Ricardo Miguel Vieira

Um dos maiores coleccionadores de discos do nosso país vive na Ericeira há vários anos.

A Ericeira é o local que eu e a minha melhor metade escolhemos para viver, o sítio que nos deu o Mar que sempre procurámos ter no nosso horizonte.

 

O que mais ama e menos gosta na Ericeira?

O que mais amo? O mar, o peixe, o frio no Inverno, o calor suportável no Verão, as praias e alguns restaurantes que gostava que fossem só meus, o Mercado, a Loja da Amélia, os pregos no Lebre, os copos no Bamboo, o pão, os passeios pelas Furnas, a localização reservada da minha casa… O que gosto menos? Não sei se há alguma coisa de que goste menos que seja específica da Ericeira. Algumas coisas de que possa não gostar na Ericeira são comuns a todos os lugares hoje em dia e têm quase sempre a ver não com o local, mas com as pessoas que o frequentam…

A cultura é um dos principais argumentos para se fixarem as pessoas

Quais são as suas principais preocupações no presente e para o futuro da Ericeira?

Sinto que há pouca oferta cultural na Ericeira: faz falta uma boa livraria, um museu de referência, uma programação artística cuidada. A cultura é um dos principais argumentos para se fixarem as pessoas e para convidar ao regresso as melhores pessoas que nos visitam.

 

O que é ser Jagoz?

Terás que perguntar a um Jagoz. Nos 11 anos que levo de Ericeira penso que já percebi que ser-se Jagoz é ter orgulho neste local, nas suas gentes e nos hábitos, mas não pode – e às vezes parece que também é um bocadinho – ser uma forma de separação. Mas pronto, do meu lado sinto que fui sempre bem recebido por todos os jagozes. Nunca levaram a mal eu ser um “invasor”.

tão cedo não faço tensões de arrumar o meu chapéu noutro lugar

Considera-se Jagoz?

Não. Não nasci cá. Vejo-me bem mais como um cidadão do mundo, um “rolling stone” e, parafraseando a canção dos Temptations, “Papa was a Rolling Stone”, “onde quer que pouse o meu chapéu é a minha casa”. Neste momento está pousado por aqui. E tão cedo não faço tensões de o arrumar noutro lugar…

Rui Miguel Abreu. - ph. Luís Firmo

Rui Miguel Abreu. – ph. Luís Firmo