Texto e ilustração: Sónia Nunes
A Ericeira não existe…
Reúne em si tantas qualidades,
tantos motivos de encanto.
Tantas possibilidades…
Estar na Ericeira é como viver
dentro de um conto.
É fazer parte de uma história
sem saber ao certo qual o enredo…
Apenas que, no final, tudo fará sentido!
E todos acabam sorrindo…
e felizes para sempre!
Não existe esta Ericeira encantada
que no Natal é ainda mais especial e inspiradora,
sente-se a energia da festa.
A festa mais sentida, a dos afectos,
a das memórias… e doces recordações,
a das crianças, a mais familiar…
Como familiar é toda a vila.
Aqui sentimo-nos em casa.
E ao olhar para as janelas iluminadas
percebemos que delas emana o calor
dos lares felizes, de lareira acesa
e árvore de Natal a cintilar.
Esta é uma vila imaginada e de sonho…
que existe no coração de cada um de nós.
Aqui todos viajamos no tempo, nas emoções,
ao tempo da infância, mesmo que esta
tenha sido passada numa selva de betão.
Pois em algum momento teremos viajado ao interior
de um livro de histórias e era lá que encontrávamos
o nosso lugar no Mundo.
Éramos heróis ou príncipes,
piratas ou donzelas,
guerreiros corajosos ou damas antigas…
nesse maravilhoso reino da liberdade e da imaginação.
Aqui, somos mais humanos.
Mais autênticos e felizes.
Somos levados ao mundo dos sonhos,
dos perlimpimpins…
Nesta vila Natal, com cheiro a maresia…
Em que o pai Natal não vem de trenó, pelos ares.
Mas pelo mar, numa carruagem azul…
puxada por cavalos marinhos gigantes e vigorosos.
Ao longe, o Palácio da Pena, em recorte,
sublinha a teoria deste mundo encantado…
Misterioso e delicioso…
Onde todos podemos vislumbrar cenários,
e sermos quem somos… quando tocados pela magia!
Feliz Natal!