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O Ano do Design Português, apresentado há uma semana no palácio Foz de Lisboa, promete fazer luz sobre uma questão de difícil resolução e que se tem vindo a arrastar durante décadas: como atenuar os efeitos da descaracterização da costa e do desordenamento territorial, para que o litoral português se torne mais competitivo e acolhedor?
Guta Moura Guedes, comissária do Ano do Design Português e conhecedora da realidade da Ericeira, aposta na ligação do design à malha empresarial como factor de “criação de valor e riqueza”. Com base nessas premissas, a responsável sublinhou o exemplo da importância atribuída à economia do mar pela autarquia de Mafra, espelhada no plano de requalificação do espaço público da vila da Ericeira, a concretizar por designers de comunicação e de urbanismo.
A Ericeira servirá, assim, de modelo para um projecto que será depois replicado por toda a costa portuguesa e que transformará, de forma visível, a relação que as populações têm com o mar.
O Ano do Design Português, projecto governamental que vai decorrer entre Junho de 2014 e Maio de 2015, tem um orçamento inicial de 200 mil euros. A iniciativa, que visa promover e divulgar esta área no país e no estrangeiro, vai criar dois prémios nacionais anuais no valor de sete mil euros cada. Além dos prémios, os principais pontos do seu programa são a criação de um livro com propostas de projectos para seis regiões do país e o lançamento de um site para recolher informação sobre as iniciativas e a comunidade de criadores no país.