Domingos Soares Branco (1925-2013)

Monumento ao Soldado Infante. - ph. DR

 

Fotografia: DR

 

O escultor Domingos Soares Branco, cujo museu homónimo se encontra no Complexo Quinta da Raposa, em Mafra, faleceu no dia 4 de Dezembro. O artista, que completaria 88 anos este mês, deixou um legado de mais de 13 mil peças, estudos, maquetas e esboços, a sua grande maioria doados à Câmara Municipal de Mafra, que criou o museu com o seu nome.

O escultor foi docente na Escola de Belas Artes de Lisboa e deixou um conjunto de obras espalhado por vários espaços públicos portugueses. Entre estas destacam-se a escultura de Santo António, junto à Sé de Lisboa; a águia do Estádio da Luz; o busto de Sá Carneiro no Areeiro; o monumento de homenagem a Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em Belém; e a estátua de Pio XII em Fátima. Em Mafra os monumentos mais visíveis são o de Beatriz Costa, a obra que assinala o 1º Centenário da Escola Prática de Infantaria e a homenagem ao soldado infante.

A sua actividade, que marcou a vida artística do país na segunda metade do séc.XX, foi desenvolvida com a rejeição de técnicas convencionais do modelo em barro ou gesso, com posterior passagem a bronze ou pedra, passando a trabalhar em folha de cobre. Esse processo inovador permitiu-lhe uma actividade intensa com um sem número de obras a realizar, sendo que a Igreja Católica Portuguesa foi das instituições que mais trabalhos encomendou a Soares Branco.

O artista está sepultado em Santarém.