Texto: João Franco ‘Lapina’ | Fotografia: Portugal Num Mapa
Ericina, meu sacro chão
De São Julião ao Safarujo
Dum sabujo rei intrujão
Mexilhão e de caramujo
O altar de altos feitiços
De ouriços e maresias!
D’alquimias e enguiços
Cálidos e castiços dias
Ericina de turva neblina
Escarlatina tira de mar
Um drapejar de gaivina
E esta sina de te amar!
Vagas em forte festim
Em galarim se agitam!
Fitam o meu pífio fim
E num frenesim ficam!
Sinto o silvar do vento
E o lamento de surdina
À bolina fora de tempo
Navego atento, Ericina!