Associação da Ericeira na vanguarda do combate à poluição costeira

 

Fotografia: DR

 

O site do jornal Público destacou recentemente a associação Ocean Hope, afirmando que “a esperança do oceano pode estar nas mãos de jovens da Ericeira”

Num artigo assinado por Ana Rita Moutinho destaca-se a associação criada este ano com o objectivo de promover limpezas sistemáticas nas praias da região, com vista a recolher o lixo deixado nos areais.

A Ocean Hope, de que a AZUL tinha falado pela primeira vez em Janeiro de 2019, a propósito do seu lançamento e da sua primeira acção de limpeza dos areais, foi fundada por Samantha Smith.

Esta jovem com 19 anos natural da Ericeira criou a associação num período conturbado da sua vida: “Desisti da faculdade porque não estava motivada no curso e estava a passar por uma altura muito difícil: sentia que não tinha propósito, não queria sair da cama e andava constantemente num estado de ansiedade.” Mas o chip mudou com o lançamento da Ocean Hope. “Este projecto trouxe sentido e alegria à minha vida e espero que consiga transmitir isso às pessoas: que há esperança e todos podemos fazer algo, mesmo que sejamos ‘muito pequenos’”.

Apesar de criada há apenas quatro meses, esta associação já vai para a sua 12ª iniciativa, agendada para o dia 11 de Maio, tendo já recolhido cerca de 6.500 quilogramas de lixo, maioritariamente plástico, com a colaboração de cerca de 500 voluntários que se juntaram ao projecto ao longo dos meses.

Em declarações ao Público, Samantha Smith, que revelou já ter recebido alguns pedidos para que a associação organize limpezas no Norte do país e em Lisboa, declarou que “se até quem frequenta as praias diariamente não sente a necessidade de as preservar, como é que alguém de fora se vai sentir sensibilizado a fazê-lo?”

A missão da associação é “unir toda a sociedade para combater a problemática da poluição” das praias e dos oceanos. Para tal, Samantha Smith tem também dedicado parte do seu tempo a dar palestras em escolas da região para apresentar o projecto, que tem ganho cada vez mais adeptos, pois muitas das crianças e adolescentes com quem Samantha contactou se juntaram às recolhas dinamizadas.

A Ocean Hope é uma “família de cinco voluntários, todos com menos de 22 anos e um coração disposto a ajudar” e a aprender cada vez mais. Prova disso foi o abandono da utilização de sacos de plástico descartáveis logo após a primeira acção de recolha.

A grande ambição da sua fundadora é fazer jus ao nome da associação: ser a esperança do oceano, expandindo este movimento a toda a Europa.

Pode ler aqui o artigo original na íntegra.