Fotografia: DR
Rute Patrícia Miguel Martins (‘Rute da Canoa’, ‘Rute do Neptuno’ ou ‘Rute dos Cavalos’ para os sô’primos)
Nascida na maternidade de Torres Vedras, São Pedro e Santiago a 21 de Abril de 1975 (45 anos)
Assistente de Produção em Cinema e Televisão e Assistente de Produção de Guarda-Roupa
A Ericeira é o meu porto de abrigo
A Ericeira é o meu porto de abrigo e a minha alma, uma beleza natural sem igual.
O que mais ama e menos gosta na Ericeira?
O que mais amo na minha terra é a sua beleza natural e o convívio de petisco muito próprio da nossa gente. O que menos gosto é o que estão a fazer ao nível do turismo – só estão a pensar nos euros e a estragar a nossa beleza com um turismo de baixo nível; termos tão pouco policiamento para a quantidade de vandalismo que, infelizmente, tem crescido na nossa linda terra; e a construção sem sentido e sem estética alguma que está a fazer com que se perca a beleza tradicional que tínhamos.
as minhas preocupações são o vandalismo, o turismo de baixo nível e a construção sem sentido
Quais são as suas principais preocupações no presente e para o futuro da Ericeira?
As minhas primeiras preocupações são, como já referi: o vandalismo, o turismo de baixo nível e a construção sem sentido – e, claro, já se está a perder o espírito jagoz porque já somos poucos.
O que é ser Jagoza?
Ser Jagoz é nascer na Ericeira e aqui ser criado. Como no meu tempo muitos de nós já nasceram na maternidade de Torres Vedras, então somos Jagozes não de gema mas de terra. Eu sou Jagoza com ascendência na Praia da Assenta e na Ericeira – muitas famílias jagozas têm ascendência na Assenta, são duas terras muito ligadas.
Considera-se Jagoza?
Sou Jagoza de corpo e alma, não nascida mas criada: tenho a garra na guelra de uma Jagoza e muito orgulho na minha gente.