15,5 milhões de euros comunitários para intervencões nas praias

Hércules. - ph. Nuno Vicente

 

 

Texto: AZUL/Lusa | Fotografia: Nuno Vicente

 

As praias de 19 municípios afectados pelo mau tempo do último Inverno vão receber obras de protecção e valorização financiadas por 15,5 milhões de euros de verbas comunitárias, informou ontem o Ministério do Ambiente.

Alcobaça, Almada, Cascais, Espinho, Leiria, Lourinhã, Mafra, Marinha Grande, Matosinhos, Ovar, Peniche, Póvoa de Varzim, Sintra, Torres Vedras, Vila do Conde e Vila Nova de Gaia são os concelhos que constam do concurso extraordinário promovido pelo Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE) para a realização de obras na costa.

“Após a informação aos municípios, o processo seguirá o seu curso normal, podendo as câmaras municipais iniciar os trabalhos em breve”, refere o MAOTE, em resposta a questões da agência Lusa. Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, explicou ainda que os projectos das autarquias aprovadas “serão financiados a 100% por fundos comunitários e resultam da candidatura dos territórios mais afectados pelos fortes temporais do último Inverno”.

As propostas de intervenção integram o Programa Operacional Valorização do Território (POVT) e, além das obras aprovadas naqueles municípios, também obtiveram resposta positiva as candidaturas do Programa Polis da Costa da Caparica (Almada) e Polis Litoral Norte (Caminha, Esposende e Viana do Castelo), recebendo até 85% de financiamento comunitário e elevando para 19 o número total de autarquias abrangido pelo fundo de apoio.

O levantamento dos estragos provocados pelas intempéries do último Inverno foi feito em Janeiro, sendo que no mês seguinte foi lançado o concurso, que encerrou a 15 de Março. No processo participaram Governo, autarquias, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), as Administrações das Regiões Hidrográficas e as Sociedades Polis.

“Este foi um inverno muito rigoroso e, havendo evidências que o futuro poderá ser semelhante, é fundamental que mantenhamos a prioridade de encontrar a melhor estratégia para proteger pessoas e bens e, também, para valorizar e preservar o nosso litoral, um dos principais activos nacionais”, salienta o ministro à Lusa.

O início do ano foi marcado por tempestades frequentes e intensas, semanas consecutivas de perturbação atmosférica e agitação marítima forte, com galgamentos do mar em vários pontos do litoral e consequente destruição de sistemas de protecção e de estruturas instaladas na linha da frente da orla costeira, como bares de praia.

São 12 as praias que viram atribuída este ano a bandeira azul e têm agora o galardão condicionado à realização de uma série de obras e outras intervenções relacionadas com o acesso, a segurança e os apoios de praia.