“Stabat Mater” apresentada em Mafra

 

Fotografia: CMMafra

 

Já no próximo dia 12 de Abril, às 21:30, o Torreão Sul do Real Edifício de Mafra vai acolher o concerto “Stabat Mater”, a partir de uma obra original do compositor italiano Pergolesi.

Este espectáculo é protagonizado por Rita Filipe (mezzo-soprano) e Mariana Castello-Branco (soprano), que serão acompanhadas por um quarteto de cordas e órgão, composto por Nuno Mendes e Raquel Cravino nos violinos, Álvaro Pinto na viola, Pedro Massarrão no violoncelo e Sérgio Silva no órgão.

o texto medieval do Séc. XIII ilustra o sofrimento da Virgem Maria perante a agonia do seu filho na cruz

Giovanni Battista Pergolesi, compositor italiano, morreu muito jovem, aos 26 anos: 1710-1736. É hoje conhecido principalmente por duas obras: a ópera “La Serva Padrona” e “Stabat Mater”, a sua obra-prima.

Pergolesi já estava extremamente doente com tuberculose, internado no convento dos Capuchinhos, em Pozzuoli, quando durante os seus últimos dias de vida terminou esta peça.

A obra foi escrita para 2 vozes (soprano e mezzo-soprano/alto) e pequeno Ensemble instrumental. O texto medieval do Século XIII ilustra o sofrimento da Virgem Maria perante a agonia do seu filho na cruz.

A obra teve grande sucesso desde que foi composta: uma prova desta genialidade consiste no facto de o próprio Bach, compositor inigualável do barroco, se ter apropriado da melodia do primeiro andamento e composto uma versão em alemão.

Os bilhetes para assistir a este concerto encontram-se à venda nos Postos de Turismo de Mafra e da Ericeira, na Ticketline e no local de realização do espectáculo, uma hora antes do início do mesmo.

O bilhetes têm o preço de 3 euros para munícipes e menores de 23 anos e de 5 euros para o público em geral. Para mais informações sobre o concerto é possível visitar a página da Câmara Municipal de Mafra.

Fique a conhecer o alinhamento do espectáculo:

1. Stabat Mater dolorosa (duo)
2. Cujus animam gementem (soprano)
3. O quam tristis et afflicta (duo)
4. Quae moerebat et dolebat (alto)
5. Quis est homo qui non fleret (duo)
6. Vidit suum dulcem natum (soprano)
7. Eia Mater fons amoris (alto)
8. Fac ut ardeat cor meum (duo)
9. Sancta Mater, istud agas (duo)
10. Fac ut portem Christi mortem (alto)
11. Inflammatus et accensus (duo)
12. Quando corpus morietur (duo)
13. Amen, amen.


Sobre as artistas:

Mariana Castello-branco, ph. CMM

Mariana Castello-Branco, soprano, nasceu em Lisboa e iniciou os seus estudos musicais aos 6 anos, na Escola de Música de Nossa Senhora Do Cabo, em Linda-a-Velha.

Em 2004 ingressou na Escola de Música do Conservatório Nacional, na classe de canto da professora Manuela de Sá, com quem concluiu o curso complementar de canto com distinção. Como aluna da escola frequentou masterclasses com os maestros João Paulo Santos e Armando Vidal, com a cantora Jill Feldman e trabalhou, frequentemente, sob a orientação do pianista José Manuel Brandão.

Foi no Teatro Nacional de São Carlos que se estreou como solista no Requiem de Fauré, em 2012. Mais recentemente, colaborou com a orquestra Divino Sospiro no papel de Temide, na Cantata de João Cordeiro da Silva “Il Natale di Giove”, no palácio de Queluz. Este ano destaca-se o papel de Rainha da Noite, na produção da Orquestra Metropolitana e do Centro Cultural de Belém, da ópera “Die Zauberflôte”, de W. A. Mozart, a Estreia moderna no papel de Fili, da Cantata “A Ninfa do Tejo”, de A. Scarlatti e a participação no Festival de música Sacra de Madrid, com o Ensemble The New Barroque Times.

Rita Filipe , ph. CMM

Já a mezzo-soprano portuguesa Rita Filipe frequenta o curso de canto lírico, com Chantal Mathias, no Conservatório Nacional Superior de Música e Dança de Paris, em França.

Desde 2019 que Rita colaborou como solista com os Músicos do Tejo (Maestro Marcos Magalhães), Helsinki Barroque Orchestra, Ensemble MPMP (Maestro Jan Wierzba), Orquestra de Câmara Portuguesa (Maestro Pedro Carneiro), Orquestra Académica de Lisboa (Maestro Tiago Oliveira) e Divino Sospiro (Maestro Massimo Mazzeo).

Estreou-se na ópera no OperaFest Lisboa, participando na Maratona I, concurso de óperas contemporâneas de compositores portugueses. Ao longo dos últimos anos deu vida às personagens Lugrezzia, em Lo Frate Nnamorato, de Pergolesi, no Helsinki Musiikkitalo (Finlândia); como 2ª Dama em Flauta Mágica, de Mozart, no Grande Auditório da Gulbenkian; como Maddalena em Il Viaggio a Reims, no Centro Cultural de Belém; e Suor Infermieira em Suor Angelica,de Puccini. Em concerto, Rita interpretou as obras Paixão de São João, de Bach; Requiem, de Mozart; Gloria, de Vivadi, e Žofka, no ciclo de canções The Diary of One Who Disappeared, de Janáček.

Em paralelo com as suas experiências em música erudita, Rita Filipe tem desenvolvido o seu percurso artístico também pela música ligeira. Poder-se-á destacar a participação com o TEMA – Grupo de Teatro de Mafra com o espectáculo “Dois Dedos de Poesia” e outros espectáculos de teatro. Rita é licenciada em Teatro – Ramo de Actores, na Escola Superior de Teatro e Cinema.