Surf Summit pretende ser uma alavanca para a Ericeira

 

Fotografia: Liga Moche / Pedro Mestre

 

Actualmente, a Ericeira é uma das grandes capitais do surf a nível global e, por essa mesma razão, a vila foi o local escolhido para receber o Surf Summit nos dias 5 e 6 de Novembro, em antecipação ao Web Summit, que acontecerá posteriormente em Lisboa.

A Câmara Municipal de Mafra, que investiu €100 mil (sobretudo em logística e segurança) num evento que juntará cerca de 200 líderes tecnológicos na primeira Reserva Mundial de Surf europeia, considera que o Surf Summit terá “efeitos positivos, directos e indirectos, na economia do concelho”. Em declarações ao site do Expresso, o presidente Helder Sousa Silva declarou que as actividades do Surf Summit (aventura e lazer, networking e palestras) serão uma alavanca para projectar internacionalmente a Ericeira “como destino de surf e de outras actividades de ar livre”.

O impacto do surf na economia da Ericeira e do município tem vindo a tornar-se cada vez maior devido às escolas de surf, ao turismo – dos alojamentos à restauração –, às lojas e fábricas de pranchas. O crescimento anual no sector do surf, que já emprega mais de 3000 pessoas, é de pelos menos 10% em termos anuais. “Há todo um ecossistema ligado ao surf que tem vindo a crescer entre 10% e 20% ao ano, pelo que hoje faz sentido falar da Ericeira como uma surf city”, assinala o autarca.

Só o Grupo Despomar (que detém, por exemplo, a cadeia de lojas Ericeira Surf & Skate) emprega 400 pessoas. Para não falar dos empregos (fixos ou temporários) criados pelas 21 escolas de surf licenciadas, os 280 alojamentos locais destinados à comunidade surfista e as mais de 3000 camas de hotelaria convencional, onde se incluem as surf houses e os hostels.

“Actualmente, com excepção dos meses de Janeiro e Fevereiro, existe um fluxo regular de visitantes”, conclui Helder Sousa Silva, demonstrando o efeito benéfico do surf na economia local, ao permitir atenuar de forma significativa a sazonalidade da vila.