Texto: Hugo Rocha Pereira | Fotografia: DR
O Projecto Bug tem andado num ritmo imparável, a espalhar a festa um pouco por todo o lado. De Lisboa a outras bandas, passando por Mafra e a Ericeira (de onde a maior parte dos 14 elementos são oriundos), querem é espalhar a alegria, seja em festivais, associações recreativas ou palcos com grande história – como é o caso do Cine Incrível, em Almada, que os recebe já hoje à noite. A propósito deste concerto, conversámos com o “maestro” Gualter Mendes sobre a essência, o momento e os planos do Projecto Bug.
Entre as vossas actuações mais recentes, tocaram na inauguração duma exposição, no espectáculo Pluriverso, num réveillon e num evento solidário. O Projecto Bug é uma banda para todas as ocasiões?
O Bug quer tocar e espalhar festa por todo o lado. Gostamos muito de estar juntos e de tocar, por isso aceitamos e lançamos desafios em muitas frentes. Criámos uma linguagem Bug e depressa a adaptamos aos diferentes contextos.
Mas quais são os vossos contextos preferidos?
Gostamos de tocar em todo o lado, mas a festa é sempre maior quando as pessoas já estão motivadas para fazer festa, como acontece na Festa do Avante, no Andanças ou nas Músicas do Mundo, em Sines, mas também acontece em locais que não nos esperavam sequer, como nas Caldas da Rainha ou em Coimbra, onde aparecemos sem ninguém saber e causámos magia, dança e festa; ou mesmo nos ensaios que se enchem de pessoas.
Criámos uma linguagem Bug e depressa a adaptamos aos diferentes contextos.
Vai ser um 2014 em cheio para o Projecto Bug? Que outros concertos têm em agenda e quais são os vossos planos?
Esperamos que sim, e vamos trabalhar para que isso aconteça. Até ao Verão, vamos estar na Fábrica do Braço de Prata todas as primeiras sextas-feiras de cada mês, no final de fevereiro tocamos na Sagrada Família, também em Lisboa, e há um monte de e-mails e datas pendentes para começar a agendar festivais e salas, e claro, já está agendada uma tour de final de Verão, no nosso autocarro por terras ibéricas.
Hoje vão tocar ao Cine Incrível, em Almada. Tem um significado especial tocar nesse palco mítico? Estão a planear algo de diferente para este concerto?
Claro, reconhecemos que é um palco cheio de história e orgulhamo-nos de passar também a fazer parte da sua história. A nossa grande dificuldade é fazermos dois concertos iguais. É possível começarmos este concerto com o tema da série Get Smart.
Queremos tocar em todo o lado. Da associação recreativa ao festival, da sede ao Carnegie Hall.
Em menos de cinco anos de existência vocês já têm uma rodagem incrível de concertos. Tens na memória quantos concertos já deu o Projecto Bug?
Mais de 100, com toda a certeza, mas perdi a conta há muito tempo e creio que nenhum dos elementos sabe o número exacto.
Existe algum palco que sonhem pisar?
Queremos tocar em todo o lado. Da associação recreativa ao festival, da sede ao Carnegie Hall: por todo o lado onde houver pessoas que se juntem a nós a cantar, a dançar e com sorrisos sinceros. O nosso sonho está vivo agora, temos de o aproveitar.
Para quando um disco?
Ainda não temos nada programado, e não queremos apenas gravar por gravar. Criámos um espectáculo difícil de absorver apenas com os ouvidos e queremos fazer alguma coisa diferente, poética e de grande valor; e não apenas um disco de canções passageiras. Estejam atentos ao nosso Facebook e aí poderão saber das novidades, que serão muitas este ano de certeza.