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A Associação de Escolas de Surf de Portugal (AESDP) lançou esta semana o Certificado de Qualidade de Escolas de Surf para o ano civil de 2021, marcando o início de um processo de reconhecimento das Escolas que operam com base em requisitos específicos de Qualidade e Segurança.
De acordo com a AESDP, “este selo distintivo surge num momento em que se revela cada vez mais importante diferenciar e valorizar os operadores num mercado crescentemente competitivo.”
AESDP definiu os requisitos obrigatórios e o Código de Conduta e Segurança associados a este Certificado
A promessa já tinha sido feita pela associação do sector na sua reflexão de final de ano, tendo sido agora consumada com o lançamento oficial do Certificado de Qualidade de Escolas de Surf 2021. Segundo a AESDP, “a Certificação surge tendo em conta o contínuo crescimento das actividades de deslize em ondas e o consequente aumento do número de operadores de ensino, não havendo contudo ferramentas para distinguir aqueles que, além dos requisitos legais, cumprem também com importantes critérios de Qualidade e Segurança.”
A AESDP, como associação que representa o sector de ensino de surf nacional, definiu assim os requisitos obrigatórios e o Código de Conduta e Segurança associados a este Certificado, que serão anualmente revistos e adaptados com a participação de todos os membros certificados. O Director Executivo da AESDP, Afonso Teixeira, reconhece a dificuldade de definir critérios e requisitos justos que possam ser aplicados a todas as Escolas de Surf do país, mas destaca que era essencial neste ano de recuperação fazer o esforço de lançar uma primeira versão deste selo.
“Desde que começámos a criar esta Certificação, surgiram muitas ideias de critérios, mas queríamos que todo o tipo de Escola pudesse ser elegível, da maior à mais pequena. Por isso decidimos criar um conjunto de requisitos que se possam aplicar de uma forma geral e que permitem um primeiro nível de distinção das Escolas que actuam de forma mais profissional e responsável”, afirma Afonso, destacando ainda que “este será um ano piloto desta certificação, em que iremos incluir todas as Escolas de Surf que se certificarem num Grupo de Trabalho que irá reunir ao longo do ano de 2021, para podermos em conjunto adaptar a própria certificação para que esta se torne melhor e mais reconhecida a cada ano”.
O Regulamento de funcionamento do Certificado, o Código de Conduta e Segurança e toda a informação para adesão, podem ser consultados no site da AESDP, sendo de destacar entre os requisitos a obrigatoriedade dos membros certificados estarem licenciados pela Capitania e/ou Município durante todo o ano, terem um vínculo laboral com o/a Treinador/a responsável e comprovarem a participação em formações em resgate aquático, primeiros socorros e/ou Suporte Básico de Vida.
Segundo o Director Executivo da Associação, o principal objectivo deste selo é “permitir identificar facilmente os operadores que têm uma verdadeira dedicação com a qualidade e a segurança dos serviços prestados”.
“O problema é que os registos, tanto no Turismo de Portugal como na Federação Portuguesa de Surf, não dão qualquer garantia a este nível e as Capitanias e Municípios têm requisitos muito distintos entre eles. O registo no Turismo de Portugal apenas certifica que a Escola tem os seguros obrigatórios em dia, o que é novamente verificado pela Capitania ou Município no momento de emitir a licença, e depois temos o problema já identificado de Treinadores que dão o nome para o registo na FPS de várias Escolas. Portanto, esta iniciativa irá transmitir de uma forma transparente que as Escolas detentoras deste selo vão além dos requisitos legais, permitindo ao público e clientes das Escolas de Surf fazer uma escolha mais informada e responsável”, afirma Afonso Teixeira.