Fotografia: Árvore Portuguesa do Ano / EMIGUS, Ana Sá / Tapada Nacional de Mafra
Num esforço contínuo para reconhecer e preservar a riqueza cultural e natural das árvores antigas, Portugal participa no concurso “Árvore Europeia do Ano”. Este concurso, que teve início em 2011, não só celebra a beleza, o tamanho ou a idade das árvores como também destaca as suas histórias e relações com as pessoas.
Na edição de 2024 deste concurso, entre as 10 finalistas destacam-se duas árvores impressionantes do concelho de Mafra, cada uma com uma história única e vínculos profundos com a região.
A diversidade destas árvores e a singularidade das suas histórias reflectem a forma como Mafra encara o património natural
Localizada na Tapada Nacional de Mafra, uma delas é o Sobreiro do Rei. Uma testemunha da paisagem anterior à construção do convento e da própria Tapada. Este sobreiro (Quercus suber L.) já conta com 385 anos e alcança uma altura superior a 25 metros, com uma copa expansiva de 25,5 metros e um perímetro da base de 7,5 metros. O Sobreiro do Rei não passa pelo processo de descortiçamento desde os anos 40 e recebeu a distinção de Árvore de Interesse Público, conforme publicado no D.R nº 120 II Série de 24/05/2000.
Já a segunda finalista de Mafra, Gingko Biloba, é um exemplar arbóreo feminino situado na zona do Horto dos Frades, no Jardim do Cerco, uma área classificada como Património Mundial pela UNESCO, tal como a Tapada. Com uma idade respeitável de 200 anos, esta árvore-da-China ou Nogueira-do-Japão atinge uma altura impressionante de 28 metros, com um perímetro do tronco de 4 metros. De acordo com relatos históricos, acredita-se que tenha sido plantada por D. Fernando II, proveniente das suas expedições marítimas.
A diversidade destas árvores e as suas histórias singulares reflectem a forma como Mafra preserva e destaca o seu património natural, sendo que a participação em concursos nacionais e europeus não honra apenas estas árvores e a sua história como também destaca a importância da preservação ambiental para as gerações futuras.
As árvores finalistas aguardam agora a decisão do público, que pode votar na sua favorita entre as 10 concorrentes. A árvore vencedora será então a representante de Portugal no concurso europeu, onde competirá com as vencedoras de outros países. Os votos ficam secretos a partir do dia 31 de Dezembro e quem quiser pode votar até ao dia 5 de Janeiro às 23:59.
O concurso nacional é organizado pela União da Floresta Mediterrânica (UNAC), entidade que representa os interesses dos produtores florestais do espaço mediterrânico português junto das instituições nacionais e europeias.
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