Texto: João Franco ‘Lapina’ | Fotografia: DR
A Ericina dos cerrados e canaviais
De grandes vendavais e calmarias!
Desses infindáveis ocasos estivais
Destes meus doídos ais e alegrias!
Das casinhas debruçadas p’ró mar
E deste meu amar incondicional!
Das ancestrais furnas em repleto luar
A neblina a aplainar sobre o litoral
Ericina de outrora, e minha demora
Nos tempos que bem me recordo
O cheiro a algas pelo rebordo fora!
E a hora de partir e seguir a bordo!
O adeus que Deus nunca indultou!
E que pela vida ficou aqui e além!
Porém, meu peito sempre escutou
Esse sentido apelo da minha mãe
Doridos são estes meus carpidos!
E feita de sentidos é a minha sina
Em surdina engulo estes rugidos!
Para que nem ouças, mãe Ericina!