Surf Summit vai continuar mais dez anos na Ericeira

 

Fotografia: CMMafra

 

O Surf Summit vai ficar na Ericeira mais 10 anos, podendo ainda estender-se até Sagres.

A revelação foi realizada Domingo de manhã na Foz do Lizandro por Paddy Cosgrave, mentor do Web Summit, que decorre em Lisboa até Quinta-feira.

O evento que antecede o Web Summit irá, assim, continuar na Ericeira até 2028, existindo a possibilidade de fazer uma segunda edição em Sagres.

“Já tivemos dois anos espantosos e é óptimo estar de volta à Ericeira para mais uma edição da Surf Summit. Vamos planear algo muito especial para os próximos dez anos”, afirmou o empreendedor irlandês num encontro com jornalistas na praia da Foz do Lizandro.

Cosgrave deixou no ar a hipótese de promover uma segunda edição da Surf Summit, no Sul de Portugal: “No último ano fui para Sagres três vezes aprender a fazer surf. Pode ser uma desculpa para fazer lá uma segunda edição”, lançou o responsável, sublinhando que o objectivo passa por manter o formato de contar com cerca de 200 a 250 participantes em cada edição da Surf Summit, como tem acontecido nestas três primeiras edições.

O CEO da Web Summit explicou também à agência Lusa que, além da Ericeira, ficou fã de Sagres ao longo do último ano, pelo que vai estudar a possibilidade de “manter a Ericeira e organizar outra Surf Summit em Sagres“, em moldes ainda a definir.

é óptimo estar de volta à Ericeira para mais uma edição da Surf Summit

Hélder Sousa Silva, presidente da Câmara Municipal de Mafra, que também participou neste encontro com jornalistas, ficou agradado com as palavras do presidente executivo do Web Summit, assumindo que é um desígnio da autarquia que lidera continuar a albergar a Surf Summit:“É o terceiro ano consecutivo que este evento se realiza e, para nós, é um orgulho e uma honra, porque a Surf Summit ajuda à promoção da Ericeira nos quatro cantos do mundo”.

O autarca de Mafra, onde se localiza a vila da Ericeira, agradeceu a Paddy Cosgrave a aposta nas praias do Concelho, considerando que se trata do “melhor lugar para o surf, mas também para o stand up paddle (SUP) e para as caminhadas”.

E mostrando sintonia com o mentor do evento, juntou: “Já disse ao Paddy que, tal como Lisboa vai ter o Web Summit por mais dez anos, que nós também venhamos a ter a Surf Summit por mais dez anos“.

Segundo o político, desde a primeira edição da Surf Summit, em 2016, “têm vindo a instalar-se algumas empresas tecnológicas nesta região, promovendo o emprego e o desenvolvimento”.

Por seu turno, o surfista Tiago “Saca” Pires, o primeiro português a correr no circuito mundial de surf, que tem vindo a estar presente nas iniciativas da Surf Summit desde o seu arranque, declarou-se honrado por estar associado a um evento como a Web Summit e realçou as vantagens que a Surf Summit traz para os participantes oriundos dos mais variados lugares do mundo.

“Trocamos diferentes ideias e conceitos. É uma experiência única e obtemos inputs importantes para desenvolver negócios“, lançou, elogiando a informalidade da iniciativa que permite a aprendizagem num contexto descontraído e de comunhão com a natureza.

“As pessoas saem daqui com os olhos a brilhar”, assinalou o surfista.

Já Joana Schenker, a primeira campeã mundial de bodyboard portuguesa, confessou estar “muito entusiasmada” por estar a participar pela primeira vez na Surf Summit, destacando a importância de se aproveitar a oportunidade para discutir as questões relacionadas com a protecção do meio ambiente.

Surf Summit 2018 - ph. CMMafra

A terceira edição da Surf Summit, evento que antecede a cimeira tecnológica Web Summit, decorreu entre Sábado e Segunda-feira na Ericeira, permitindo aos participantes o convívio e a aprendizagem com atletas profissionais dos desportos das ondas.