Fotografia: Luís Martins
Recentemente, o site do jornal finlandês Hufvudstadsbladet (HBL) publicou um artigo intitulado “Surf todo o ano na Ericeira”, no qual dá realce à qualidade das ondas (havendo opções para todos os gostos, dos iniciantes aos profissionais) mas também à vila que conseguiu manter o encanto de outras eras.
A versão digital do jornal de língua sueca de maior circulação na Finlândia ouviu locais (o protagonismo vai quase na íntegra para o surfista da “velha guarda” Vasco Dias, que além de ensinar este desporto pode ser encontrado na sua loja eXtra eXtra Surf, junto ao Largo de São Sebastião) e estrangeiros que se deixaram conquistar pelas ondas e demais encantos da vila.
O artigo assinado por Ann-Catrin Emanuelsson começa por situar geograficamente a Ericeira, elogiando o “surf de classe mundial, paisagens magníficas e as delícias marítimas” para logo passar o microfone a Vasco Dias, que vai à água praticamente todos os dias, seja para apanhar umas ondas ou passar o “bichinho do surf” aos alunos, sendo que os seus grupos nunca ultrapassam o máximo de seis pessoas.
Após falar um pouco mais com Vasco Dias sobre as ondas (sendo que sete delas integram a Reserva Mundial de Surf) e a vila, o HBL entra em contacto com alguns estrangeiros, entre turistas e indivíduos que nos últimos tempos trocaram o seu país natal por Portugal.
Moa Andersson: Aqui é tão agradável e rural, apesar de estar a apenas quarenta minutos de Lisboa
A finlandesa Marilla Grönholm, que elogia também a comida local, é um destes casos. Outros exemplos são as irmãs Moa e Nathalie Ailert Andersson. De nacionalidade sueca, mudaram-se de Norrköping e abriram a sua casa de hóspedes na Ericeira em Janeiro do ano passado.
Entre incursões históricas (da pesca ao embarque da Família Real para o exílio, em 1910, passando pela Festa em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem) a peça jornalística realça a gastronomia jagoza (com destaques para o peixe e marisco frescos) e o comércio local existente no centro da Ericeira.
Vasco Dias recorda como há quase quarenta anos imitou os surfistas americanos e australianos que encontraram a Ericeira, começando por recorrer a um colchão de ar. Hoje ele estuda as ondas em conjunto com as suas duas filhas adolescentes: “Todas as pessoas podem aprender a surfar. A idade não é um obstáculo. É só uma questão de praticar no seu próprio ritmo e não ter medo de água”, diz ele antes de entrar no mar da praia do Sul com um novo grupo de aprendizes.
Pode ler aqui o artigo original na íntegra – acreditamos que a maior parte das pessoas interessadas deverá activar a tradução da página, que se encontra escrita em sueco.