Os “Mares” de Fernando Gaspar em exposição na Ericeira

 

Obra: Fernando Gaspar

 

Vai ser inaugurada amanhã, pelas 18 horas, na Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva a exposição de pintura e escultura “Mares”, de Fernando Gaspar.

Em “O Mar é a religião da Natureza” (a citação é de Fernando Pessoa) Paulo Ramalheira escreveu que “pela primeira vez na sua obra, Fernando Gaspar deixou-se invadir pela vastidão do Mar inspirador e pintou e esculpiu a sua visão plástica daquele que é o principal elemento do nosso planeta.”

Aqui surge “O Mar, expresso em toda a sua plenitude, num conjunto harmonioso de cor e equilíbrio, que nos remete para o seu papel moderador da vida e inspirador e sagrado para a maioria dos povos da Terra; o Mar, essa fonte inesgotável de recursos, que abriu novos mundos ao Mundo e nos embala colectivamente num sonho sublime, quando nele repousamos o nosso olhar e nos perdemos na vastidão do horizonte.”

Ainda de acordo com Paulo Ramalheira, “neste conjunto de obras, Fernando Gaspar consegue transmitir-nos o efeito cíclico do movimento sincronizado das ondas e das marés, num bailado que se sucede, deixando ao nosso critério a interpretação das formas que quase sempre se agregam em torno do modelo do casco de uma embarcação, que dá corpo e linguagem a toda a exposição.”

Trata-se duma combinação cromática onde predomina o azul e em que o artista nos remete para a fusão do horizonte, onde o Mar se confunde com o Céu, conduzindo-nos ao efeito do infinitamente perfeito.

A exposição, com chancela da Helder Alfaiate Galeria de Arte, vai estar patente na Casa de Cultura da Ericeira (Rua Mendes Leal) entre os dias 24 de Junho e 23 de Julho.

Horário da exposição: 3.ª a 6.ª-Feira – das 10 às 13:00 e das 14 às 18:00 | Sábado e Domingo – das 15h00 às 18h00 | Encerra à 2.ª-Feira e feriados.

Fernando Gaspar - ph. DR
SOBRE O ARTISTA

Fernando Gaspar nasceu em 1966 em Vagos, Aveiro. Autodidacta. iniciou o seu percurso pelo desenho e prática da aguarela. Inteiramente dedicado à actividade desde 1986, ano em que passou a concorrer e participar em mostras e concursos, a expor com regularidade nas principais cidades do país, explorando e adoptando outros suportes, materiais e técnicas.

A sua primeira exposição individual fora de Portugal ocorreu em 1995. Somam-se, até agora, alguns prémios nacionais, participações colectivas e mais de 40 exposições individuais em Portugal e no estrangeiro.

Ao longo destes anos, a plasticidade do seu trabalho tem evoluído no sentido de uma abordagem crescentemente reflexiva e contemporânea.

É titular de nove prémios nacionais, realizou mais de quarenta mostras individuais de pintura em Portugal, Espanha, França e Bélgica. Além destes, encontra-se representado na Áustria, Alemanha, Brasil, Canadá, Dinamarca, Eslovénia, E.U.A., Japão, Países Baixos e Reino Unido, em colecções particulares e oficiais.