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O Museu da Música vai ser transferido de Lisboa para o Palácio Nacional de Mafra, afirmou ontem o secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, no parlamento.
Em reunião da Comissão de Educação, Ciência e Cultura, na Assembleia da República, o secretário de Estado acabou por confirmar a hipótese adiantada em Dezembro de 2013, altura em que Mafra se colocava como principal concorrente a acolher novamente o museu.
O Museu da Música, que está instalado em espaço provisório na estação de Metro do Alto dos Moinhos desde 1994, regressará, ainda que sem data prevista, à vila onde esteve localizado entre 1980 e 1990.
FUNDO APOIA RECUPERAÇÃO DOS CARRILHÕES
Na mesma reunião, Jorge Barreto Xavier anunciou que vão ser disponibilizados dois milhões do Fundo de Salvaguarda do Património para a recuperação dos carrilhões do palácio.
“Os fundos necessários para a salvaguarda dos carrilhões atingem largos milhões de euros. Vamos usar dois milhões do Fundo de Salvaguarda do Património, mas é preciso mais”, disse o secretário de Estado da Cultura, sublinhando que este restauro “é uma das prioridades” do Governo por se tratar do “maior conjunto do mundo” de carrilhões.
A decisão foi tomada um dia depois do Centro Nacional de Cultura, que representa Portugal na Europa Nostra – organização não-governamental europeia de preservação do património –, ter divulgado a lista dos onze monumentos pré-seleccionados para o programa “Os 7 Sítios mais Ameaçados” na Europa, onde figuram os carrilhões do Palácio de Mafra.
O Palácio de Mafra tem dois carrilhões e 119 sinos, constituindo, assim, o maior conjunto sineiro do mundo, a par dos seis órgãos que voltaram a tocar em 2010, onze anos e um milhão de euros depois.
A candidatura do Palácio Nacional de Mafra a Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) está dependente da recuperação urgente dos carrilhões.
