Fotografia: AZUL
Realizam-se entre Sábado e Segunda-feira as celebrações em Honra de São Sebastião e São Vicente, popularmente conhecidas como a “Festa dos Bêbados”: os mordomos, que contribuem para a organização da festa, têm direito a um santinho, uma bolacha e um copo de vinho. Para fazer frente ao frio característico de Janeiro, atrás dum copo costuma vir outro… e mais outro(s).
Sábado, 20 de Janeiro, é dia de S. Sebastião e arrancam as celebrações com uma missa votiva deste santo na Igreja de S. Pedro com início às 11 horas.
No dia seguinte (Domingo, 21) o convívio promete começar a aquecer, com uma feijoada no Salão Paroquial, a partir das 13 horas, seguida por animação musical – as inscrições para este almoço podem ser realizadas até à véspera no Cartório.
Na 2ª-Feira, dia de S. Vicente (Padroeiro da Diocese de Lisboa), os festejos conjugarão o lado religioso com uma faceta pagã. A tarde arrancará com uma procissão às 14:30, desde a Igreja de S. Pedro até Capela de S. Sebastião, sempre em passo de corrida; pelas 15:15 começará uma Missa festiva, continuando o serão com animação musical e arraial popular a partir das 16:00 e até haver resistentes no Largo.
Esta é uma tradição jagoz com muitos anos de prática, constando que as festas em honra de S. Sebastião chegaram mesmo a ser as maiores da vila e arredores.
Numa época em que a vincada identidade da Ericeira se vai diluindo por entre novos ventos, esta será porventura a festa mais genuína da terra: entre a ermida de S. Sebastião (recentemente classificada como monumento de interees público) e o palco, um barril de vinho simbolizará a ancestral união do sagrado com o profano que reúne jagozes da “velha guarda” num convívio que aquece a alma mesmo nas ocasiões mais gélidas e inóspitas.
Recorde aqui a crónica e a fotogaleria da AZUL sobre a Festa dos Bêbados realizada em 2014.