Criadores da Vila Azul: Nuno Pinheiro de Sousa

 

Fotografia: Nuno Pinheiro de Sousa

 

Cédula Criativa

Nuno Pinheiro de Sousa

Nascido em Alvalade (freguesia de Lisboa) em 1973.

Exponho o meu trabalho desde 1990.

Áreas criativas: Desenho, porque é a base de tudo; Pintura a Óleo, que é um material e uma técnica que, por si só, requer dedicação, trabalho, paciência e persistência. Tento passar conhecimentos adquiridos nas aulas que dou.

encontro na pintura uma forma de pensar e de falar sem regras

A pintura, ou a representação pictórica, é uma das mais antigas formas do Homem consciente se retratar e reflectir o seu meio ambiente. Penso que, na essência, isso não mudou. Talvez o espectro de consciência se tenha alargado, mas a necessidade que todos temos de nos expressar mantém-se fundamental e intacta. A arte como conceito é uma aceitação desta componente fisiológica no ser humano. A pintura é uma das disciplinas.

Quais são as tuas principais influências ou inspirações?

No meu caso encontro na pintura uma forma de pensar e de falar sem regras. Cada monólogo permite-me debates infinitos com o que me rodeia. Os motivos da minha atenção são, em abstracto, os essenciais a todos nós, algo que me exalta no dia a dia e me prende a atenção, consciente da minha existência e da presença de todos e de tudo. Eu tive o privilégio de contactar com a arte e a sua envolvente desde cedo. Desde que comecei a andar, percorri os corredores da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa e, quando comecei a subir escadas sozinho, as salas da Faculdade de Arquitectura, no convento de São Francisco, no largo da Academia, em Lisboa, onde os meus pais eram professores. No percurso académico saliento o curso de Desenho e o curso de Pintura que cumpri no I.A.O. da Universidade Autónoma de Lisboa.

Destaques do percurso artístico e criativo

A consciência que mencionei nasce connosco. É afinada à medida que vamos avançando na própria existência e enquanto seres sociais. Pelo caminho, vamos encontrando etapas (ou fases do artista), que de forma inevitável nos fazem parar e reflectir, onde cada um, à sua maneira, encontra motivo (inspiração) para se acrescentar. É um processo contínuo. Exponho o meu trabalho desde 1990. Recentemente, participei numa exposição colectiva organizada pelos antigos alunos da escola António Arroio, que se realizou em Junho / Julho, na Casa de Cultura Jaime Lobo e Silva, aqui na Ericeira, que me deu particular prazer.

estou na Ericeira e o mar tem sido apelativo para os meus últimos trabalhos

Em que projectos estás a trabalhar agora?

Neste momento estou na Ericeira (onde o mar é mais azul) e inevitavelmente a presença do mar tem sido apelativa para os meus últimos trabalhos em tela.

A arte é a tua profissão?

A necessidade de um meio de subsistência é um garante que pagamos as contas no fim das contas. Para mim, a arte é mais do que isso, é um garante de subsistência vital…
_ Se dá trabalho? – Dá! _ Se consigo pagar as contas com isso? – Não!…
Quem sabe um dia, de preferência antes de morrer…