Texto: AZUL/Lusa | Fotografia: Woody Phoenix
O Conselho Metropolitano de Lisboa considerou que o Plano Estratégico de Turismo de Lisboa 2015-2019 é “pouco ambicioso” e lamenta que esteja muito centrado na capital e pouco na área metropolitana.
Num parecer divulgado à comunicação social, o Conselho Metropolitano afirmou que o plano valoriza “o desenvolvimento de alguns nós territoriais, o que se afigura pouco ambicioso, tendo em conta que existem potencialidades emergentes ao nível metropolitano com relevantes elementos de identidade”.
O organismo aponta monumentos como os palácios e quintas de Queluz e Sintra, o Palácio de Loures e as Linhas de Torres e zonas como Cascais, o Cabo da Roca, o Meco, a Fonte da Telha, a Ericeira e o Estuário do Tejo como exemplos.
O Conselho Metropolitano defendeu no documento que o plano deveria apostar também no sol e mar e nas paisagens naturais.
O Conselho Metropolitano concluiu afirmando que o plano “contém alguns aspectos que deverão ser objeto de reflexão e ponderação”, entre eles o facto de valorizar e explorar “de forma incompleta e superficial a escala territorial da grande região de polarização de Lisboa”.
O plano, apresentado em finais de Setembro, projecta a criação de roteiros temáticos intitulados “Lisbon Stories” (“Histórias de Lisboa”), que vão ter como primeira “personagem central” o fado.
No documento – cuja elaboração foi encomendada pela Associação Turismo de Lisboa e pela Entidade Regional de Turismo da Região de Lisboa – consta um programa que combina o palácio, o convento e a tapada de Mafra e a Casa dos Bicos, em Lisboa, numa alusão à obra “Memorial do Convento”.
Outra opção prevê agregar o Palácio do Marquês de Pombal, em Oeiras, e outras áreas-chave em Lisboa, enquanto uma outra, intitulada “Vista de Lisboa”, visa juntar os miradouros da capital e o Cristo Rei, em Almada.
O plano prevê, ainda, um projecto para o Eixo Belém-Ajuda.
As entidades turísticas esperam que este novo conceito permita aumentar as receitas da hotelaria na região para um total de 800 milhões de euros e 10 milhões de dormidas de estrangeiros em 2019.