Allianz Ericeira Pro continua a ser a única prova de Surf a nível global

 

Fotografia: ANS / Pedro Mestre

 

O Allianz Ericeira Pro, que arranca já amanhã em Ribeira d’Ilhas, será a segunda etapa da Liga Meo Surf, que continua a ser a única competição de Surf em todo o mundo após a paragem provocada pela pandemia da Covid-19.

No plano doméstico, esta foi a terceira modalidade a retomar a competição de cariz nacional, juntando-se ao Futebol e ao Motociclismo: foi, assim, possível aos surfistas portugueses retomarem as suas vidas profissionais, ritmo competitivo, retorno aos seus patrocinadores e reposição dos seus rendimentos por via das premiações monetárias. Ficam também mais e melhor preparados para as competições internacionais da World Surf League e da International Surfing Association, que poderão ser retomadas num futuro próximo.

o regresso da Liga Meo Surf teve destaque no site da World Surf League

A principal competição de Surf em Portugal, que define os títulos máximos de campeões nacionais, vai prosseguir nos dias 3 a 5 de Julho, em plena “sala-de-visitas” do surf nacional.

Depois das vitórias de Frederico Morais e Teresa Bonvalot na Figueira da Foz, a Liga segue agora para a única Reserva Mundial de Surf na Europa, contribuindo de forma positiva para as actividades sócio-económicas directa e indirectamente relacionadas com estes eventos desportivos.

A realização de uma competição da elite do Surf em Portugal tem um impacto positivo no regresso à vida profissional de equipas multidisciplinares. Inclui a produção da transmissão integral para televisão ao longo de três dias, a produção logística do evento, e demais agentes económicos relacionados (produção de materiais, equipas de conteúdos e media, entre outros). Envolve ainda os grupos económicos dos patrocinadores e todas as equipas técnicas envolvidas. Em termos gerais, mesmo numa solução de competição sem público e suprida da sua agenda social, cerca de 50 trabalhadores (directamente envolvidos nos dias de competição), acrescendo mais de 20 empresas (indirectamente envolvidas na preparação da competição) viram as suas actividades retomadas e os respectivos rendimentos serem repostos.

Atendendo ao seu cariz nacional, a realização de etapas da Liga MEO Surf na Figueira da Foz, Ericeira e em Sintra (as 3 etapas já programadas) procura produzir reflexos positivos na indústria da hotelaria e restauração, partes fundamentais da área turística, que representa grande percentagem do PIB nacional. Os surfistas participantes e equipas técnicas de suporte de diversas regiões de Portugal ajudam não só à sua retoma económica como também ao restabelecimento da normalidade ‘clean & safe’. O contributo é relevante no regresso das dinâmicas ao nível das economias locais e turismo doméstico.

Este regresso de uma competição de Surf obteve, ainda, uma cobertura editorial mediática mais de duas vezes superior face ao período e etapa homóloga do ano anterior. Obteve também a atenção de várias publicações de surf e generalistas em Espanha e no Brasil. Teve destaque no site da World Surf League, a mais importante plataforma do Surf a nível internacional, com alcance global. O resultado final, um alcance potencial de mais de 110 milhões, compreende assim um forte contributo de promoção de Portugal em todo o mundo.

os impactos positivos da retoma são diversificados

Segundo Francisco Rodrigues, Presidente da Associação Nacional de Surfistas, “desde o primeiro momento que trabalhamos com os nossos parceiros e patrocinadores de forma adaptar a competição às circunstâncias actuais e permitir que os principais surfistas portugueses pudessem retomar a sua actividade profissional. É com grande satisfação que vemos um conjunto significativo de pessoas a voltarem a trabalhar em prol do melhor Surf em Portugal, assim como os seus efeitos positivos na retoma activa da sociedade portuguesa. Frederico Morais e Teresa Bonvalot mostraram que foram os que melhor se prepararam durante o período de lockdown mas tenho a certeza que terão forte oposição já a partir de 6ª-feira na Ericeira para mais um Allianz Ericeira Pro, onde muitas ondas, competitividade e espectáculo chegarão a todos os que puderem acompanhar pela Sport TV e demais plataformas oficiais da competição.”

À parte desta importante base de trabalho, a Liga MEO Surf serve como palco de regresso para Frederico Morais, o único português a fazer parte do circuito mundial da WSL e expoente máximo da modalidade em Portugal na actualidade. Isto numa altura em que “Kikas” prepara um eventual regresso às provas internacionais, tendo já em vista a participação nos Jogos Olímpicos de 2021, em Tóquio.

O Allianz Ericeira Pro será também a segunda etapa a pontuar para a Allianz Triple Crown que, na sexta edição consecutiva, distribui um prémio total de 8.000 Euros, equitativo entre o vencedor masculino e vencedora feminina. Em termos de troféus laterais, acrescem a luta pela melhor manobra na Renault Expression Session e pela Somersby Onda do Outro mundo (ambos com 2.500€ anuais); o início da disputa do Santander Award a definir no final do ano com ponderação entre a performance desportiva e aproveitamento escolar; a designação dos melhores surfistas locais (masculino e feminino) com uma premiação de 1.500€ por via da Câmara Municipal de Mafra. Novidade este ano também para o Bom Petisco Girls Score, vencido na primeira etapa por Teresa Bonvalot, o qual é o primeiro prémio exclusivamente dedicado às senhoras, com 2.500€ anuais para a melhor pontuação combinada no quadro de competição feminino.

A nível televisivo, tendo presente a proibição de público nos termos legais, o Allianz Ericeira Pro poderá ser acompanhado a partir de casa em direto na Sport TV, assim como nos restantes meios oficiais: facebook do MEO, na posição 810 da grelha de canais MEO, em ligameosurf.pt e redes sociais em @ansurfistas.