The Town: Rolando pelo Asfalto

 

Fotografia: Nuno Dinis

 

“The Town” é a primeira parte de uma galeria de imagens de Nuno Dinis, fotógrafo da Malveira que gosta de disparar pela Ericeira. Os elementos radicais e poéticos ligados ao skate, surf e bodyboard são os principais temas dos enquadramentos de Nuno Dinis, embora tudo o que rodeia o mar, desde a natureza às gentes que dele vivem, também façam parte das composições do fotógrafo.

Esta primeira mostra de negativos é dedicada ao skate, à acção que proporciona grande retratos e que conjuga a vibração entre os seus praticantes e os locais explorados. A série, que termina no próximo fim-de-semana com “The Country”, dedicada às ondas e ao mar, é acompanhada de uma pequena entrevista com o fotógrafo, que nos contou como foi começar a fotografar e que elementos o influenciam e atraem para o congelamento de instantes que já não regressam.

 

O que te fez começar a fotografar?

Sempre gostei de fotografar, quer fosse para fazer os registos de uma viagem, de umas férias ou alguma ocasião especial. Os anos passaram, o gosto pela fotografia manteve-se , mas não houve uma evolução, continua a ser só um gosto. Há mais ou menos três anos atrás, após o nascimento da minha filha, resolvi comprar a minha primeira [câmara] Reflex e, a partir daí, o gosto passou a ser uma paixão.

 

O que te atrai na fotografia?

É a possibilidade de poder registar alguns dos melhores momentos das nossas vidas, para que mais tarde, ao olhar para essas fotos, as memórias sejam muito mais vivas e intensas. A fotografia permite congelar certos momentos, para que possamos olhar para eles com mais tempo, maior atenção e vê-los as vezes que desejarmos. A fotografia permite captar e transmitir sentimentos, emoções e sensações, permite-nos imaginar, e quase a sentir, o que seria estarmos a viver aquele momento. Ao olharmos para certos retratos, quase podemos perceber o que vai na alma dessa pessoa, perceber o que ela está a sentir naquele momento, e isso é extraordinário.

 

Que hobbies tens e como é que estes se revelam nos teus trabalhos?

De momento, só tenho um hobby, que é a fotografia, pois o tempo livre não dá para mais. Tenho uma outra paixão, que é a pesca submarina, e sempre que o mar e a disponibilidade permitem, vou para dentro da água atrás dos peixes e do petisco. Já experimentei o bodyboard e gostava de ter feito surf, mas a falta de tempo livre afastou-me destes dois desportos, mas o gosto ficou comigo. Não posso dizer que os meus hobbies tenham influência direta nas minhas imagens, mas sendo um amante do mar e de vários desportos que aí se praticam, é inevitável que, tanto o mar como o surf e o bodyboard, entre outros, sejam dos momentos que mais fotografo.

 

O que é que te influencia? Tens algum fotógrafo favorito?

Não tenho nenhum fotógrafo favorito, mas, desde que o meu interesse na fotografia começou a crescer, passei a dedicar algum tempo a ver trabalhos de vários profissionais desta área, pois a ver também se aprende. Não me recordo de algo ou alguém que me faça fotografar um determinado assunto ou de uma determinada maneira. Fotografo o que gosto, como gosto, sigo a minha imaginação e o meu instinto.

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