Fotografia: Kiko Neves
Já é tempo de rescaldo após a passagem pela Ericeira da tempestade Dóris, que acabou por não atingir a orla costeira com tanta intensidade como a inicialmente prevista.
O pico da tempestade terá sido já entre o fim da tarde e a noite de ontem, com a praia-mar, mas só hoje de manhã foi possível confirmar que esta ondulação (com quase 8 metros e período de vaga próximo dos 20 segundos) gerou apenas alguns danos materiais de ligeira ou média dimensão. Nada como o ocorrido durante a tempestade Hércules, há cerca de três anos, felizmente.
Contactados pela AZUL, o Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Mafra e os Bombeiros da Ericeira não reportaram pedidos de auxílio por parte da população nem outras ocorrências significativos, havendo apenas a salientar danos parciais nos passadiços de madeira da praia da Foz do Lizandro, onde o mar voltou a unir-se ao rio.
Hoje ao início da manhã, a AZUL testemunhou também a existência de alguns cones de balização (estacionamento) espalhados pela estrada marginal da praia do Algodio, bem como o acentuar da situação (já de si bastante grave) no Porto de Pesca: um enorme número de pedras encontram-se espalhadas pela rampa dos barcos, tratando-se porém duma situação que tem origem nas recentes obras ali desenvolvidas.
De resto, assinale-se apenas que ao início da manhã a estrada marginal das Furnas continuava vedada ao trânsito automóvel, sendo já permitida a circulação a pé.
Ontem, ao fim da tarde, muitos habitantes da Ericeira e de localidades vizinhas assistiram à beleza proporcionada pelo mar bravo a partir de vários miradouros da orla costeira jagoz. Um dos locais mais procurados foi a ponta Sul das Furnas, junto ao hotel Vila Galé, onde se verificou total respeito pela área de segurança delimitada pela Autoridade Marítima Nacional, que encerrou a circulação de veículos e pessoas em parte daquela zona.