Tapada de Mafra duplica número de visitantes e lança programa de Outono

Tapada Nacional Mafra. - ph. DR

 

Texto: AZUL/Lusa | Fotografia: DR

 

A Tapada Nacional de Mafra duplicou o número de visitantes entre Julho e Setembro, informou a sua directora na Sexta-feira, adiantando que pretende torná-la numa “floresta encantada”, com atividades que captem diferentes tipos de turistas durante todo o ano.

O número de visitantes entre 14 de Julho e 15 de Setembro foi de cerca de 17.000, quando em igual período de 2013 visitaram aquele espaço mais de 8.000 pessoas.

Alda Mesquita justificou este aumento com uma campanha de divulgação do programa de Verão da Tapada, não só em locais de visita e estabelecimentos comerciais do concelho de Mafra, mas também na Área Metropolitana de Lisboa.

“Distribuímos desdobráveis em português e inglês em hotéis, postos de turismo, transportes públicos e, até, junto com as facturas de água de 40 mil clientes do concelho de Mafra”, explicou a directora à agência Lusa.

A oferta de novas experiências aos visitantes, como “ateliês de apicultura, percursos de ‘geocaching’, ensino de treino de uma ave de rapina, como se fosse um falcoeiro, ou observação de aves”, num total de 20 atividades diferentes, contribuiu também para esse aumento, admitiu a directora da Tapada.

As apostas traduziram-se na alteração do perfil do visitante, com a procura de um maior número de famílias, para as quais o programa estava dirigido, mas também de estrangeiros (5%) oriundos de países que não eram habituais, como a Rússia.

“Cada estação do ano tem as suas especificidades e os seus encantos na Tapada. Portanto, o objectivo é trazer visitantes durante todo o ano”, sublinhou Alda Mesquita.

A instituição acaba de lançar o seu programa de Outono, que se prolonga até 07 de Dezembro, com novidades para as famílias, como conversas à volta da mesa de chá ou piqueniques, e para as escolas, com programas de visita que incluem a Tapada, mas também o Palácio Nacional de Mafra, o Centro de Recuperação do Lobo Ibérico, aulas de surf ou até uma ida ao teatro.

Até ao final do ano, a Tapada prevê aumentar entre 20 a 30% o número de visitantes, um objectivo indispensável para elevar as suas receitas e tornar-se auto-sustentável, tendo em conta que não recebe qualquer verba do Orçamento de Estado e alicerça o seu orçamento anual de 500 mil euros nos proveitos que arrecada.

Para aumentar as receitas a longo prazo, o novo Plano de Gestão Florestal, que esteve em consulta pública até 15 de Setembro, prevê a exploração da madeira nos 38 hectares de eucalipto existentes, de cortiça em 66 dos 105 hectares de sobreiros e de pinha mansa.

Em 2013, a Tapada recebeu a visita de 50 mil pessoas.

Criada em 1747, possui mais de 500 animais de 60 espécies diferentes, entre gamos, veados, javalis, aves como a águia de Bonelli ou o bufo real, répteis como salamandras, tritões e cobras e uma floresta exuberante, espalhados pelos 800 hectares de floresta visitáveis.

Algumas das árvores da Tapada de Mafra são consideradas de interesse público, como o castanheiro-da-índia, a olaia e o sobreiro.