Fotografia: Brice Ambrosiak
A Câmara Municipal de Mafra reduziu em 4% o número de funcionários entre 2010 e Setembro de 2013, de acordo com dados do Jornal de Negócios a que a AZUL teve acesso. Em 2010 existiam 1013 trabalhadores públicos na autarquia, número que desceu para os 972 – menos 41 pessoas – até ao terceiro trimestre deste ano.
Contactada pela AZUL, a Câmara Municipal de Mafra justificou o decréscimo nos funcionários da autarquia com “situações de aposentação e a impossibilidade de contratação de pessoal”.
Segundo noticiou ontem o Jornal de Negócios, os números contribuem para a quebra de 14.596 funcionários públicos nas câmaras municipais do país entre os referidos períodos, o que equivale a uma quebra de 10,96% no pessoal. A redução revela-se acentuada quando comparada com os 4% estipulados pela troika – Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional – para os períodos de 2012 e 2013.
Os cortes nos funcionários da câmara surgiram num quadro de contenção de despesas das autarquias devido à quebra nas receitas próprias e nas transferências do Estado. A devolução de pessoal não docente das escolas também contribuiu para a diminuição do pessoal nas câmaras municipais.
Lisboa, a maior câmara municipal do país, perdeu 867 funcionários, traduzindo-se em menos 8,7%. Por outro lado, na Câmara Municipal de Porto Santo, na Madeira, o número de trabalhadores ligados à câmara local aumentou 38,8%, isto é, foram contratadas mais 33 pessoas. No total são 29 as câmaras que aumentaram o pessoal nos últimos três anos, muitas devido à integração de empresas municipais.
No final de Setembro contabilizavam-se 121.001 funcionários ligados às câmaras municipais, um número que contrasta com os 135.597 de 2010, o último ano antes da entrada da troika em Portugal.
