Ilustração: Joaquim Gregório da Silva Rato
“A Guerra Peninsular e as Linhas de Torres” é o tema da conferência que vai ter lugar no dia 14, a partir das 15:30, no Palácio Nacional de Mafra. O evento acontece no mês em que se completam 204 anos do início da construção das fortificações em redor de Mafra, para travar as tropas francesas de Napoleão Bonaparte durante o período das Guerras Peninsulares.
A conferência que assinala a efeméride conta com a participação do Coronel José Henriques, especialista na história da construção e utilização das Linhas de Torres.
As guerra napoleónicas do séc. XVIII e XIX conduziram a conflitos armados entre França, de Napoleão Bonaparte, e Inglaterra, histórica aliada de Portugal. A estratégia de hegemonia de Napoleão passava por conquistar a Península Ibérica, de forma a dominar o Atlântico e travar o poderio naval inglês. No caminho para este domínio, Napoleão começou por encerrar todos os portos europeus ao comércio inglês, o que fazia da Península Ibérica um ponto-chave para os planos do Imperador.
Em 1807, apoiado por três exércitos espanhóis, os franceses invadiram Portugal com 24 mil homens, forçando D. João VI a exilar-se no Brasil, passando Portugal a ser repartido por franceses e espanhóis. Em 1808, Inglaterra auxiliou Lisboa com o envio de um exército para expulsar os franceses do país, o que veio a acontecer mais tarde. Antevendo uma contra-ofensiva francesa, ingleses e portugueses uniram-se na construção secreta de um conjunto de fortificações na periferia de Lisboa. As obras de que viriam a nascer as Linhas de Torres Vedras iniciaram-se em 1809, junto a Torres Vedras, e terminaram em 1811, após o reforço de uma segunda linha de defesa em Mafra e uma terceira em Sobral de Monte Agraço.
Depois da conferência, segue-se uma visita guiada ao Centro de interpretação da Rota Histórica das Linhas de Torres, na Casa do Risco, em Mafra. A visita centra-se nas várias forças militares presentes em Mafra durante as Guerras Peninsulares.
Construção das Linhas de Torres Vedras, Mafra e Sobral de Monte Agraço. – ph. DR
