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A auto-estrada A21 perdeu 2189 utentes entre os anos de 2011 e 2012, revelou a Estradas de Portugal (EP). Os números apresentados pela empresa que gere a estrada de Malveira/Mafra/Ericeira indicam uma quebra de 23% na circulação entre 2011 e 2012 e de 26% quando comparado o ano passado a 2010.
O decréscimo do tráfego começou a registar-se quando a extinta empresa municipal Mafratlântico, que construiu e explorou a A21, triplicou o valor das portagens em Setembro de 2009. Entretanto, a concessão passou para a jurisdição da EP em Março de 2012.
Até setembro deste ano, a EP contabilizou um tráfego médio diário de 7320 veículos, o que corresponde a uma receita em portagens na ordem dos 5,2 milhões de euros. Em 2011 e 2012 as receitas em portagens foram de 6,3 e 7 milhões de euros, respectivamente. Os valores estiveram sempre acima dos custos de exploração (reparação, conservação, manutenção da via, serviços e operação de cobrança de portagens), que no ano passado foram de 1,6 milhões de euros e, já este ano, devem chegar aos 2 milhões de euros, número também estimado para 2014.
264,6 milhões em dívida
A Estradas de Portugal revelou que os custos vão aumentar no próximo ano por via da dívida de 260 milhões de euros aos bancos, pelo financiamento para a construção da via que terá de ser liquidada até Dezembro de 2014. A empresa também terá de pagar 4,6 milhões de euros à Câmara Municipal de Mafra, confirmou o presidente da autarquia, Hélder Sousa Silva, numa reunião do executivo municipal a cuja acta a agência Lusa teve acesso.
