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A revista digital Rimas e Batidas assinala o primeiro ano de promoção e divulgação da cultura hip-hop e música emergente no dia 20 de Abril com a 2ª edição do festival homónimo à publicação a realizar no Musicbox, Cais do Sodré, em Lisboa. A festa de aniversário estende-se por dois dias – 19 e 20 de Abril – e também celebra a herança do histórico produtor James Yancey aka J Dilla no ano em que se invoca por todo o mundo o 10º aniversário desde o desaparecimento do músico de Detroit, vítima de lúpus.
Fundada por Rui Miguel Abreu, jornalista residente na Ericeira, a webzine Rimas e Batidas expande para o domínio da informação digital o programa de rádio homóni-mo que vai para o ar na Antena 3 todas as semanas desde há mais de uma década. O portal estreou em Setembro do ano passado, no Cinema S. Jorge, a 1ª edição do festival, apresentando um cartaz de três dias repleto de nomes jovens ligados à música electrónica e hip-hop produzida em Portugal. Em 2016, o guião mantém praticamente a mesma estrutura de nomes nacionais em palco, com a diferença de que haverá duas celebrações conjuntas ao longo dos dois dias: o primeiro aniversário da revista; e a inigualável e influente arte do criador de Donuts, que já havia sido recordado em Fevereiro na abertura da residência bi-mensal Dentro da Caixa, no Musicbox, com selo Rimas e Batidas.
O cartaz do festival já está encerrado, mas há uma outra iniciativa que merece espe-cial atenção: a organização está a leiloar uma serigrafia de J Dilla produzida pelo street artist português de renome internacional Vhils. A receita decorrente da venda da peça de 50x70cm reverterá para a Associação de Doentes com Lúpus. O resultado do leilão – que está a decorrer aqui – será comunicado a 18 de Abril.
O festival abre portas às 21.30 horas de 19 de Abril e as primeiras batidas estão a cargo de Bambino, Praso e Tayob Jsão, produtores que expor os dotes nos controla-dores de produção musical numa MPC JAM hosted by Beware Jack. Segue-se uma dupla homenagem a J Dilla através do plantel de artistas que perfazem duas editoras nacionais: a Monster Jinx e a Mano A Mano. A primeira, sob o mote Monster Jinx Loves Dillas, apresenta SlimCutz nos donuts (vinis, portanto), DarkSunn nos beats e J-K nas rimas. Segue-se uma viagem De Almada a Detroit: Mano a Mano com Dilla, comandada pelos rappers TNT, TOM, Beware Jack, MLK, Blasph, NERVE e Kulpado. A primeira noite encerra com a apresentação oficial ao vivo de Soft Power Sagrado, disco de estreia do colectivo Pro’Seeds formado por Berna, DJ Score e Serial.
No dia 20 de Abril, a festa de aniversário Rimas e Batidas arranca no Espaço Under-dogs/Montana, no Armazém 56 da Rua Fernando Palha, com a entrega do quadro de J Dilla ao vencedor do leilão. A banda sonora da ocasião será de Nitronious (Monster Jinx) e mr_mute (Rimas e Batidas) e há mais surpresas na manga. Mais à noite, nova-mente pelas 21.30h, voltam a abrir as portas do Musicbox para um noite onde os ORTEUM, grupo onde se incluem Tilt, Mass e Nero, vão apresentar a mixtape Perdidos e Hashados. Karlon, um histórico na cena rap crioulo em Portugal que foi metade dos Nigga Poison, também vai apresentar o novo álbum (com muito de Cabo Verde nas pistas sonoras) no Musicbox. Seguem-se em palco Kroniko e SP Deville, que debitam as rimas encapsuladas em Retrxpectiva e Sou Quem Sou, respectivamente as compila-ções mais recentes de ambos os MC. E ao que a organização do festival promete, é algures nesta apresentação que haverá uma aparição de J Dilla em holograma. A encerrar os dois dias do festival estará uma dupla de irmãos das Caldas da Rainha a recordar J Dilla: DJ Ride e Holly em We Many Plays Dilla.
Os bilhetes para esta 2ª edição do Festival Rimas e Batidas estão à venda pelo valor de 12€/noite.
