Fotografia: DR
Elin Mccoy, especialista de vinhos e colunista no Bloomberg News, destacou um vinho de Cheleiros (localidade do concelho de Mafra) como um dos “mais memoráveis” que degustou em 2021.
O vinho branco “2017 Manz Cheleiros Dona Fátima Jampal”, produzido inteiramente a partir de uma uva portuguesa quase extinta, a casta Jampal, foi considerado a “descoberta do ano”, integrando a lista dos 10 vinhos preferidos do ano passado.
“A minha descoberta do ano é este branco único, o único vinho no mundo feito inteiramente a partir da rara uva portuguesa Jampal. Fiquei cativado pelo sabor e pela história do resgate da uva em quase extinção por um jogador de futebol brasileiro famoso, André Manz. Ele comprou uma pequena vinha a norte de Lisboa e recrutou especialistas para determinar o que eram as uvas. A casta Jampal, com aromas perfumados e o travo de frutas cítricas, terra e plantas verdes frescas, é como uma combinação de chardonnay, semillon e sauvignon blanc – longo e elegante. É quase impossível encontrar agora, mas mais virá em 2022.”
um vinho macio, muito frutado e com aromas tropicais
Nas redes sociais, a Manwzine explica como surgiu este projeto vinícola:
“Foi em 2007 que André Manz descobriu, numa vinha abandonada que comprara, duzentas cepas de uma uva desconhecida. Confuso pelos inúmeros nomes que os habitantes da região chamavam a esta uva – desde “Jampali” a “João Paulo” – ela foi, finalmente, identificada pelo Instituto da Vinha e do Vinho.
A casta Jampal, característica da região de Cheleiros, teria sido abandonada pela sua pouca rentabilidade e pela sensibilidade que a sua poda implicava. Contudo, e mesmo desaconselhado a fazê-lo, André não rejeitou o desafio de explorar o potencial desta uva.
O resultado está hoje à vista de todos, e marca o nascimento da Manzwine, projeto pioneiro e único na produção de vinhos 100% Jampal.”
André Manz é o único produtor com um vinho monocasta Jampal e, segundo, o Instituto Nacional de Investigação Agrária, o único produtor em Portugal com uma vinha certificada desta casta.
Trata-se de um vinho macio, muito frutado com aromas tropicais e excelente para, segundo o produtor, acompanhar peixe assado.
Pode ler aqui na íntegra o artigo original da Bloomberg.
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