Fotografia: Henrique Claudino
Durante este mês de Junho, foi avançado pela Agência Lusa que Mafra é um dos concelhos sem casos de sem-abrigo, assumindo no entanto a disponibilidade para ajudar a combater o fenómeno na Grande Lisboa, com o que o que se “considere necessário e seja obviamente útil para a resolução dessa situação”, explicou Aldevina Rodrigues, vice-presidente do município.
No contexto da luta contra a problemática das pessoas em situação de sem-abrigo, os municípios têm enfrentado vários desafios que reflectem realidades locais distintas. Um exemplo é o concelho de Mafra, que actualmente não regista casos de sem-abrigo, mas demonstra uma perspectiva solidária e colaborativa com outros municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML).
resultado positivo é atribuído a uma actuação rápida e eficiente da equipa municipal
Mafra destaca-se por não apresentar casos de sem-abrigo, uma situação rara na AML. Conforme declarado por Aldevina Rodrigues, “A 31 de dezembro de 2023, reportando-me à estratégia nacional para a integração de pessoas em situação de sem-abrigo, tínhamos sete pessoas em situação de alojamento precário, mas em situação de sem-abrigo propriamente dito, a pernoitar na rua, à data de hoje não se verifica ninguém.” Este resultado positivo é atribuído a uma actuação rápida e eficiente da equipa municipal, que está sempre pronta para intervir quando uma situação de sem-abrigo é identificada.
Embora Mafra não enfrente actualmente casos de sem-abrigo, a autarquia reconhece a necessidade de uma abordagem conjunta e coordenada entre os municípios. A vice-presidente do município sublinhou que “o problema das pessoas em situação de sem-abrigo tem que preocupar todos, sendo urgente resolver a questão.” Esta visão prova a importância de uma resposta colectiva, na qual todos os municípios colaborem para encontrar soluções eficazes e sustentáveis.
A disposição de Mafra para colaborar com outros municípios é clara. A vice-presidente notou que “Mafra estará completamente disponível para apoiar em tudo aquilo que se considere necessário e que seja obviamente útil para a resolução dessa situação.” A atitude solidária é crucial para enfrentar um problema que, apesar de não ser presente em Mafra, afecta significativamente outras regiões da AML.
A necessidade de acções coordenadas foi reforçada durante um encontro promovido pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, no dia 10 de Maio. O objectivo da reunião, que contou com a presença dos autarcas dos 18 municípios da AML, era discutir medidas para combater o fenómeno dos sem-abrigo.
No final do encontro, Carlos Moedas anunciou que Lisboa, Oeiras e Cascais pretendem avançar com uma “task force” e criar centros de acolhimento para integrar as pessoas em situação de sem-abrigo na área metropolitana.
Um ponto importante discutido é a criação de centros de acolhimento. Questionada sobre esta possibilidade, Aldevina Rodrigues respondeu que “Mafra sempre esteve disponível para tratar de todas as situações de pessoas sem-abrigo e efetivamente será avaliado em data oportuna e com os elementos que tiver à data e de forma responsável e exequível aquilo que puder ser feito”. Este tipo de infraestrutura pode ser crucial para fornecer suporte adequado e facilitar a reintegração social dessas pessoas.
criação de uma task force e de centros de acolhimento são passos fundamentais nesse caminho
A situação de Mafra demonstra que, com acções rápidas e eficazes, é possível erradicar o problema dos sem-abrigo num município. No entanto, a questão exige uma resposta integrada e colaborativa entre todos os municípios da AML.
Os concelhos que integram a AML são Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.
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