Fotografias: José Guerra
Durante cinco empolgantes dias, os olhos do mundo do surf estiveram fixados na destreza e força dos miúdos que vieram à Ericeira em busca da glória. Muita acção, emoção, lágrimas e festejos coloriram a praia de Ribeira d’Ilhas no seu regresso aos grandes palcos do surf internacional. Mas há algo mais intrínseco a todos estes eventos: a incontornável beleza da praia que serve de “sala-de-visitas” ao surf português.
No meio da azáfama competitiva, poucos terão sido os momentos em que o público presente se deteve, por meros segundos que fosse, a contemplar o cenário, o desenho, da praia de Ribeira d’Ilhas. As pedras esverdeadas que se escondem, a tempos, debaixo do mar azulado; as falésias poeirentas que aconchegam o areal; o histórico forte de Milreu que perscruta o litoral; o manto de árvores e arbustos que pinta o cenário; as linhas de ondas que chegam de um Atlântico longínquo e que dão à costa quase em ritmo geométrico. É todo um quadro de variadas cores e visuais ímpares.
Foi exactamente esta tela que o fotógrafo e colaborador da AZUL, José Guerra, capturou. Através de um olhar singular e contemplativo, que espelha perspectivas menos óbvias da envolvente de Ribeira d’Ilhas, esta visão criativa, até instrospecta, é uma ode às composição da natureza que fazem deste lugar um cantinho especial na Ericeira.
São 17 visões que escapam à vista desarmada e que oferecem diferentes perspectivas da praia que foi a casa dos melhores surfistas juniores do planeta.
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