Mafrense ganha prémio internacional de composição para os seis órgãos

 

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Sexta-feira, 1 de Outubro, Dia Mundial da Música – esta foi a data escolhida para anunciar os vencedores da edição de 2021 do “Prémio Internacional de Composição Órgãos do Palácio Nacional de Mafra”: na categoria A (composição de uma obra original para os seis órgãos), Diogo da Costa Ferreira (Concelho de Mafra, Portugal), pela partitura “Écho de la Pensée”; e na categoria B (transcrição de uma obra existente para seis órgãos), Luís Filipe Neto da Costa (Portugal), pela partitura “Beethoven, Abertura Coriolano”.

Diogo da Costa Ferreira nasceu em Lisboa, mas foi no Oeste português que cresceu e fez os seus estudos primários. Iniciou os seus estudos musicais no Conservatório de Música D. Dinis, tendo frequentado o Curso Básico de Trombone e o Curso Secundário de Formação Musical. Foi Solista e Chefe de Naipe da Orquestra Sinfónica Juvenil. Estudou Direcção de Orquestra com Roberto Pérez, Jean-Sébastien Béreau e Ernst Schelle. Paralelamente, estudou composição com Carlos Marecos durante quatro anos. O seu catálogo, enquanto compositor, inclui música orquestral, de câmara e para instrumentos solistas, assim como música para teatro. Estudou Composição na Escola Superior de Música de Lisboa, sob a orientação de João Madureira e de Carlos Caires. Simultaneamente aos seus estudos musicais, estudou Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, especializado-se em Filosofia da Arte e Estética. Dedica-se à escrita, à composição e ao ensino.

as novas composições vão estrear-se em concerto agendado para o dia 17 de Novembro

O Ministério da Cultura e o Município de Mafra, entidades promotoras, atribuem aos vencedores prémios monetários de 10 e 5 mil euros, respectivamente.

Nesta 4ª edição, o júri – constituído por quatro personalidades de reconhecido mérito internacional, nomeadamente Yves Rechsteiner (Suíça), que presidiu, Federico Del Sordo (Itália), Eugénio Amorim (Portugal) e João Vaz (Portugal) – apreciou 22 candidaturas submetidas a concurso, tendo ainda deliberado atribuir duas menções honrosas: na categoria A, a Jef Vloemans (Bélgica), pela partitura “Roman Jokers”; e na categoria B, Daniel Filipe Santos Sousa (Portugal), pela partitura “Saint-Säens, Danse Macabre”.

No anúncio público dos vencedores, a Secretária de Estado Adjunta e da Cultura, Ângela Ferreira, declarou que esta iniciativa bienal é “fundamental para promover a aproximação dos músicos e do público a estes instrumentos históricos”, além do que “contribui para enriquecer o repertório existente, estimulando a criação e a adaptação, trazendo assim este conjunto histórico para a modernidade”. Considerou, ainda, que este prémio corrobora que “Mafra é um lugar de música, por excelência”.

O Presidente da Câmara Municipal, Hélder Sousa Silva, congratulou-se com o mérito do compositor mafrense, que foi distinguido no âmbito de um prémio que é referência na área da composição para órgãos históricos, em resultado do qual já foram produzidas 67 peças inéditas ao longo de quatro edições. Afirmou, ainda, que esta iniciativa “é um exemplo de que é possível trabalhar em articulação, entre o Ministério da Cultura e a autarquia”, renovando o empenho na concretização de projetos comuns, tais como “a instalação do Museu Nacional da Música em Mafra e do Polo de Investigação em Ciências Musicais da Universidade Nova de Lisboa, assim como a execução do contrato interadministrativo de cooperação para o desenvolvimento de ações de requalificação no Palácio Nacional de Mafra, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência”.

A estreia das novas composições realiza-se em concerto agendado para o dia 17 de Novembro de 2021, data em que se assinala o lançamento da primeira pedra da Basílica do Palácio Nacional de Mafra.