Festival Boa Onda traz Reggae a Mafra

 

Fotografia: Festival Boa Onda

 

Entre os dias 2 e 4 de Agosto, a Quinta Vale d’Água, no Sobral da Abelheira, vai receber o festival “Boa Onda”, um evento dedicado à música Raggae que traz artistas internacionais oriundos de várias partes do mundo até ao concelho Mafra.

O “Boa Onda” é, actualmente, o único Festival de Reggae em Portugal que reúne variados artistas portugueses e globais para dias de boa música (sobretudo roots reggae) e diversas outras iniciativas.

muito mais do que mero entretenimento, este é um evento dedicado à cultura de raiz jamaicana

O evento vai acontecer num espaço encantador a 20 minutos da Ericeira, tendo como objectivo partilhar esta componente fundamental da cultura jamaicana com um público mais vasto, apresentando artistas de alta qualidade e oferecendo uma programação diversificada.

Serão três dias de dança, concertos e sound systems, mercado, workshops e terapias, uma vez que a organização do Boa Onda advoga uma abordagem holística.

No primeiro dia do festival, 2 de Agosto, sobem ao palco artistas como Dezarie e Rubera Roots, trazendo as suas vibrações e talento únicos.

Definir a obra musical de Dezarie não é uma tarefa trivial. A artista nasceu em St. Croix (Ilhas Virgens Americanas) e possui uma voz única, suave e ao mesmo tempo poderosa.

Nascida numa família que amava a música e a espiritualidade, começou a cantar ainda na infância. A sua música carrega uma mensagem de elevação espiritual, direitos iguais e justiça, com uma instrumentalizações poderosas proporcionadas pelo criativo Ron Benjamin, o seu Director Musical e Produtor de 4 dos seus 5 álbuns.

Rubera Roots

Nascido em 2013, o colectivo Rubera Roots pretende partilhar uma vibração positiva e espiritual através da sua música. Esta é uma banda de roots reggae que prega uma procura activa da experiência Rastafari.

Através das suas sonoridades, estes músicos partilham um manifesto cultural da cultura crioula e africana, de forma a transmitir uma mensagem de militância que envolve o significado da ancestralidade africana e africanista.

No dia 3 um dos destaques será Orlando Santos & The Bagattels. Orlando, um talentoso músico e compositor também conhecido como Lion, é oriundo de Lisboa e está profundamente enraizado na cultura jamaicana, que desde sempre influencia a sua música. Mestre da “slide guitar”, o artista mistura reggae, rock e soul de uma forma fluida.

O seu álbum de estreia, “My Soul”, apresenta faixas originais juntamente com uma cativante versão do clássico dos Melodians, “Rivers of Babylon”. Colaborando com referências como Orelha Negra ou Jim Barr, as composições de Orlando ressoam mundialmente, abordando temas de esperança, amor e consciência ambiental.

Jah Live

Já no dia 4, será a vez dos Jah Live encerrarem o festival. Em 1998, quatro jovens de Brasília juntaram-se para criar música de garagem. No primeiro ano a banda começou a abrir concertos para artistas locais, o que lhes veio a dar oportunidades para actuar em eventos reconhecidos nacional e internacionalmente.

Ainda de forma independente, os Jah Live gravaram um espectáculo ao vivo que vendeu mais de 20 mil cópias, solidificando assim a sua posição entre as principais bandas de reggae brasileiras. Com o crescimento exponencial, surgiu a primeira editora disposta a produzi-los, o que resultou no álbum “Se Curvar Jamais”.

a união é a pedra angular do festival

Este não é apenas um evento de entretenimento. Para torná-lo mais valioso, a educação, a descoberta e a aprendizagem são fundamentais. Deste modo, workshops e terapias estarão presentes ao longo de todos os dias do festival, desde marcenaria e capoeira ao yoga e acrobacias.

O Mercado Souk, que reúne vendedores locais e internacionais, não só promove o crescimento como também fortalece a coesão social. Como modelo de negócio, o artesanato aborda preocupações sociais, económicas e ambientais actuais, ao mesmo tempo que promove a independência.

É possível obter toda a informação sobre o festival e adquirir os respectivos bilhetes através do website oficial.

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