A intemporalidade das Festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem

 

Fotografia: José Guerra

 

Mais um Verão que passa, mais uma celebração das Festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem – a Santa Padroeira dos Pescadores – que fica na memória de quem fica na Ericeira o resto do ano e de quem se apresta a regressar a casa, seja ela onde for neste mundo.

Entre 13 e 18 de Agosto, o centro da vila piscatória revestiu-se de ornamentos luzidios, roulotes de doçarias, bancas de produtos regionais, procissões e música popular para evocar uma celebração tão típica entre as gentes do mar. E, claro, a habitual explosão de cores e luzes do fogo-de-artíficio na praia dos Pescadores concentrou a atenção dos milhares de pessoas que preencheram a areia, o porto de pesca e a calçada junto ao Largo das Ribas.

Num ano em que o turismo da Ericeira continuou a afirmar-se como um pilar para a economia da região, os festejos tradicionais voltaram a conquistar o coração de todos os presentes. É uma invocação da alma jagoz, símbolo de uma identidade que não se perde apesar de todas as transformações contemporâneas que a Ericeira venha a protagonizar, seja pelas migrações de novos habitantes provenientes dos centros citadinos nacionais e de outras nações, seja pela modernização do património e infra-estruturas em torno da vila.

As celebrações em honra da Padroeira dos Pescadores são prova visível de que há legados e costumes que não mudam com os tempos e que são intrínsecos à preservação da memória histórica das regiões, permeáveis às inevitáveis mudanças que o avançar dos tempos exigem.

Resta-nos partilhar as recordações visuais de uma comemoração tradicional inabalável e que continua a cativar jagozes, portugueses visitantes e estrangeiros. Mudam-se os tempos, ficam as heranças.

 

FOTOGRAFIA:

Fotos #1-4: José Guerra

Fotos #5-7: AZUL

Foto #8: José Guerra

Foto #9: Vítor Figueiredo

Foto #10: José Guerra

Foto #11: Vítor Figueiredo

Foto #12: José Guerra

Restantes: Ouriços

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