Fotografia: Ruy Dinis
Bilhete de Identidade
Joaquim Manuel Gaspar Leitão (Reguingas para os sô’primos)
Nascido a 5 de Abril de 1974 (45 anos) na Maternidade Magalhães Coutinho, em Lisboa
Motorista de ambulância nos Bombeiros da Ericeira
A Ericeira é a minha terra amada
A Ericeira é a minha terra amada… o cantinho do Mundo que eu mais adoro.
O que mais ama e menos gosta na Ericeira?
O que mais amo é o Mar, o cheiro da maresia, as praias, toda a parte antiga da vila, o casario típico pintado de azul e branco… a calmaria do turismo de Inverno, quando a Ericeira é só nossa. O que menos gosto são as novas construções dentro e fora da vila, que não se enquadram na arquitectura típica da vila.
Quais são as suas principais preocupações no presente e para o futuro da Ericeira?
No presente: que esta onda de estrangeiros que nos invade o ano inteiro domine a vila e que os hostels e escolas de surf aumentem; no futuro: que a população local tenha que sair da vila… porque esta terra, sem população local, perde as suas características de vila castiça que ainda é…
Ser jagoz é tudo isto e muito mais…
O que é ser Jagoz?
Ser jagoz é ser filho de jagozes… É ser descendente de nativos da Ericeira. É ter raízes, que nos fazem ficar presos a esta terra-mãe para sempre… É ter uma certa familiaridade com o Mar. É conhecer as nossas gentes e as suas alcunhas… É comer Caneja de infundice… É festejar a Quinta-feira da Espiga… É comer leitão assado em dia de Feira dos Alhos. É festejar todas as festas tradicionais da vila: Sra. da Boa Viagem, Sra. da Conceição, S. Vicente e S.Sebastião. É ter um carinho especial pelos filhos da terra e pelas nossas tradições. Ser jagoz é tudo isto e muito mais…
Considera-se Jagoz?
Claro que sim, sempre me considerei jagoz e com muito orgulho… Por tudo o que aqui escrevi, por ter sido criado na Ericeira, desde que nasci, por crescer cá, por ter passado a minha infância e juventude, por aqui ter estudado, por cá trabalhar e por aqui viver…