Texto: João Franco Lapina | Fotografia: Nuno Vicente
Sei duma praia tão minha!
Que é vera rainha no estio!
Aonde vadio, pela tardinha,
Que dá pelo nome Algodio!
Da fontainha vai um salto!
E do alto da falésia aceno
Ao meu povo, pé descalço!
E a esse meu mar sereno!
Sei as suas covas e poças
Mossas que o vento fazia
Essas invernias só nossas
Que a cólera do mar trazia
E eu sei de uma praia nua!
Onde a lua se ia despojar!
E que eu lá da minha! rua!
Ria ao vê-la rolar p’ró mar
Sei de um tempo remoto!
E devoto lugar de neblina
Do meu ocorrer de garoto
Nessa tão minha Ericina!